Introdução: A utilização da música funciona como um vínculo de comunicação entre a criança, os familiares e a equipe de saúde, entre o paciente e suas próprias emoções. A música é uma linguagem e, para as crianças, ela pode ser muito estimulante e confortadora. Podendo encorajar, animar, encantar e falar com a parte mais interna da criança. Estudos comprovam que no aspecto fisiológico, a música é capaz de interferir na batida cardiovascular, no sistema respiratório e na tonicidade muscular, Além dos aspectos emocionais. Objetivos: Este trabalho objetiva descrever a experiência de um grupo de acadêmicos do curso de enfermagem da Universidade Estadual do Pará e da Escola Superior da Amazônia, integrante da ONG “Anjos da Enfermagem Núcleo Pará”, relacionando o uso da musicoterapia como ferramenta de aproximação com os pacientes oncológicos de um hospital referencia do Pará, promovendo maior qualidade de vida para todos os sujeitos envolvidos. Metodologia: Este estudo caracteriza-se como um relato de experiência vivenciado por acadêmicos de enfermagem pertencente à ONG Anjos da Enfermagem núcleo Pará por um período de um ano, utilizando como ferramenta facilitadora a musicoterapia. Resultados: Observou-se que o uso da música dentro do ambiente hospitalar e extra-hospitalar contribuem consideravelmente para a relação dos anjos da enfermagem com os pacientes, familiares e com a equipe de saúde, nas quais interagem e participam mais das brincadeiras e danças propostas nas músicas. Notam-se os diversos sentimentos que surgem a partir das músicas que são cantadas. Muitas vezes solicitava-se que a criança escolhesse uma música que gostasse, método chamado de recreação musical, percebendo desta forma uma alteração no estado de humor, diminuindo o estresse e os estados depressivos ocasionados pelo estado de saúde da criança, procedimentos invasivos e do ambiente hospitalar em si. Conclusão: A partir dessa vivencia compreendemos que a metodologia de aproximação com a utilização da musica, utilizadas pelos Anjos da Enfermagem, proporcionou efeitos benéficos nos aspectos biológico, psicológico, espiritual e social não só das crianças, mas dos familiares, dos profissionais da saúde e dos próprios integrantes dos Anjos da Enfermagem, havendo, portanto, uma maior integração da equipe de saúde. Prática esta fundamental no desenvolvimento acadêmico em enfermagem, mostrando de forma efetiva como deve ser um cuidado humanizado e de qualidade promovendo maior qualidade de vida.