Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
MAPA MENTAL: EXCELENTE FERRAMENTA PARA O PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO DOS RESIDENTES EM SAÚDE MENTAL (RMSM)
Relatoria:
THIAGO HENRIQUE LOPES E SILVA
Autores:
- AMILTON ROBERTO DE OLIVEIRA JÚNIOR
- JUCINEIDE BORGES
- WENDELL DE MATOS CAMPOS
- MAURICÉA MARIA DE SANTANA
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: A territorialização consiste numa ferramenta metodológica que possibilita o reconhecimento das condições de vida e da situação de saúde da população de uma área de abrangência. Partimos da compreensão das correntes conceituais que compreendem o território como um espaço em permanente construção, produto de uma dinâmica da vida social. Assim, no campo da saúde temos a concepção do distrito sanitário enquanto um território-processo, que transcende a noção de superfície-solo, a apenas as suas características geofísicas, para instituir-se como um território de vida pulsante, de conflitos, de interesses diferenciados, de projetos e sonhos. OBJETIVOS: Conhecer o território do Cabo de Santo Agostinho-PE na sua perspectiva histórica, cultural, sócio econômica de condições de vida e saúde que influenciam na saúde mental, assim como a estruturação dos equipamentos e serviços que compõe uma rede potencial em saúde mental. METODOLOGIA: Inicialmente o grupo dos RMSM/UPE realizou o conhecimento do território como um todo, em cada ponto do território (Pontezinha, Ponte dos Carvalhos, Cabo centro, e as praias mais precisamente Gaibú e Suape) onde investigou se elementos que caracterizava aquele lugar, utilizando-se do diário de campo e entrevista com informantes chaves, sendo estes moradores nativos. Todas as informações foram sistematizadas na construção de um mapa mental, que consiste num desenho do território com as informações descritas geograficamente através de simbologias, para tanto, foi utilizado cartolinas, lápis de cores, hidrocor e material geométrico. RESULTADOS: O processo de territorialização, permitiu a evidenciação de algumas diferenças das condições de vida no território de estudo, norteadoras para o desenvolvimento das atividades dos RMSM nos próximos 2 anos, elencamos alguns nós críticos (pontos de prostituição, violência, lugares com maior consumo de álcool e outras drogas), o que requer uma intervenção intersetorial. Assim como evidenciou-se alguns parceiros importantes. CONCLUSÃO: O processo de territorialização mostrou se um momento muito rico para apropriação do território e construção de vínculos com os atores potenciais do território. Destacamos também a importância do mapa mental, como um excelente recurso operacional para sistematização da territorialização, despertando para os potenciais articuláveis da rede em saúde mental. Também consolidou-se como eficiente instrumento diagnóstico com base o território vivo.