Uma assistência pré-natal de qualidade é essencial para garantir a saúde materna e perinatal. O conhecimento da prevalência em gestantes das principais doenças infecciosas que podem ser transmitidas verticalmente (congênitas ou perinatais) tem grande importância na formulação de políticas de saúde materno-infantil. O tipo de delineamento utilizado para o estudo foi do tipo descritivo, sendo realizada uma auditoria em prontuários. Essa pesquisa foi desenvolvida em três unidades de saúde com estratégia saúde da família, localizadas na área urbana do município de Porto Velho/RO, com um total de 7.455 famílias cadastradas. As unidades foram definidas através de amostragem aleatória. Foram revisados nesse estudo 146 prontuários das gestantes que fizeram pré-natal nos serviços avaliados no período de 25 de agosto de 2009 a 25 de fevereiro de 2010. Os dados foram coletados através da aplicação de uma ficha padronizada. A codificação das fichas foi realizada pela pesquisadora. Após a codificação os dados foram ingressados no programa EPIDATA 3.1 com dupla digitação, sendo realizada uma comparação dos dados digitados e correção dos erros encontrados. Os resultados mostraram que a sorologia para VDRL foi solicitada em 29,45% das consultas durante a 1ª consulta, em 65,75% das consultas não foi solicitado e, em 4,79% foi solicitado apenas após a 1ª consulta, a sorologia para detectar Anti HIV foi solicitada durante a 1ª consulta em 26,71% das consultas, 67,81% não solicitou e,5,48% solicitou após a 1ª consulta, em 23,34% das consultas foi solicitada sorologia para HBsAg, em 67,81% não foi solicitado e em 6,85% das consultas foi solicitado apenas após a 1ª consulta, em 23,97% das consultas foi solicitada sorologia para toxoplasmose durante a 1ª consulta, em 68,49% das consultas não foi solicitado e, em 7,53% foi solicitado após a 1ª consulta, em 23,97% das consultas foi solicitada sorologia para rubéola durante a 1ª consulta, em 68,49% das consultas não foi solicitado e em 7,53% foi solicitado após a 1ª consulta. . A não identificação das gestantes infectadas seja pelo HIV, Sífilis, Rubéola, Toxoplasmose, Hepatite B resulta em ausência do tratamento e impossibilidade de prevenção da doença no recém-nascido. Evidencia-se, portanto, a necessidade de envidar esforços no sentido de aumentar o acesso aos serviços de saúde e, conseqüentemente, melhorar a qualidade dos cuidados oferecidos.