Desde o final da década de 80, a incidência de casos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida entre mulheres cresceu consideravelmente, principalmente em idade reprodutiva. Como consequência observa-se o aumento da transmissão vertical, caracterizada como sendo a transmissão materno-fetal, podendo ocorrer pelo contato com sangue e secreção vaginal infectados durante a gestação, trabalho de parto e parto, ou pelo aleitamento materno. O Ministério da Saúde (MS) por meio do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento recomenda o oferecimento do teste de Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) na primeira consulta, em municípios de população acima de 50.000 na tentativa de um rastreio precoce do vírus para adoção de medidas pertinentes. As gestantes infectadas pelo HIV necessitam de uma atenção diferenciada na assistência do pré-natal, tanto em relação à evolução da gestação e do feto, quanto aos aspectos psicológicos, sociais e familiares. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sobre a assistência prestada à gestante HIV positivo no pré-natal. Foi embasado em levantamento bibliográfico, pesquisas em artigos científicos, sítios de pesquisa vinculados ao MS, nas bases eletrônicas de dados SCIELO e LILACS, tendo como descritores “AIDS”, “gestação” e “enfermagem”. Foram encontrados 12 artigos, cujo critério de inclusão foi a associação enfermagem com pacientes HIV positivo. Ao revisar todas as fontes utilizadas foi possível observar que para haver uma redução efetiva da transmissão, é preciso realizar o acompanhamento desde o início da gestação como meio de prevenção da transmissão vertical, uma vez que dentre exames essenciais do pré-natal inclui-se o teste anti-HIV, com aconselhamento pré e pós-teste.O diagnóstico precoce permite o controle da doença materna e a prevenção da transmissão do HIV para o feto.Contudo, além do tratamento antiretroviral, associado a uma equipe multiprossional, é preciso ofertar uma assistência de enfermagem humanizada, pautada no não julgamento, compreendendo a autonomia da mulher. É preciso garantir a confidencialidade, pois através desta torna-se possível dar continuidade ao tratamento, aproximando cada vez mais a usuária dos serviços de saúde. Conclui-se, portanto, que o papel do enfermeiro funciona como um diferencial, prevenindo a progressão da doença através de uma assistência holística, garantindo a gestante não só um atendimento pautado na medicina, como também um suporte emocional.