A taxa de morbi/mortalidade infantil é considerada um dos principais indicadores que refletem a qualidade de vida da população e aspectos da saúde da criança. Com o intuito de reduzir de forma significativa e rápida esses casos e melhorar a qualidade da assistência na Saúde da Criança, a Organização Mundial de Saúde e o Fundo das nações unidas para a infância e a adolescência desenvolveram e desenvolvem várias ações e estratégias direcionadas para essa linha do cuidado. Apesar do declínio da referida taxa nos últimos anos, estudos evidenciam a manutenção do alto número de casos, em que no ano de 2011 no Brasil, para cada 1000 nascidos vivos, 21 crianças vieram a óbito. Verifica-se como principais causas de morbi/mortalidade em crianças menores de 05 anos as afecções perinatais, as infecções respiratórias, as doenças diarréicas e a desnutrição. Nesse contexto esse trabalho tem como objetivos identificar e descrever as causas mais frequentes de internação em crianças e adolescentes atendidos em um hospital especializado nessa linha do cuidado. Para esse fim foi realizado uma pesquisa quantitativa, um estudo exploratório-descritivo e retrospectivo das doenças responsáveis pelas internações realizadas no setor da Pediatria. A coleta de dados foi realizada através do livro de ocorrências. Foram utilizados na pesquisa os dados referentes ao período de Janeiro a Maio de 2012, sendo apenas consideradas as informações acerca das doenças que se caracterizavam com as responsáveis pela internação. Dentre os dados avaliados ocorreram 225 internações, onde desse universo, 107 internações (47,5%) eram referentes a distúrbios respiratórios, sendo 63 dessas internações (59%) caracterizados por Pneumonia. Observou-se que as doenças mais prevalentes foram Pneumonia com 28% de casos, Gastroenterocolites (GECA) com 20%, Asma 8,4% e Coqueluche 5,3%. Os demais casos foram caracterizados por outras doenças, por possuírem baixa prevalência nos casos de internação. Assim, percebe-se que as doenças diarreicas e respiratórias possui alta incidência, esses dados se tornam relevantes por essas doenças serem preveníveis e refletirem como estão sendo desenvolvidas as ações voltadas para a Saúde da Criança na Atenção Básica. Destarte ressalta-se a importância de estabelecer uma rede assistencial coesa em prol da saúde da criança.