A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa, com evolução em ciclos lentos. A partir de 2003, foi criado o Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) que fortaleceu e descentralizou a estratégia de tratamento supervisionado, conhecida como DOTS (tratamento diretamente observado de curta duração). A adesão ao tratamento pode ser baseada em abordagem individual considerando o paciente e os fatores ambientais externos. Objetivou-se investigar os fatores que contribuem para a adesão do tratamento de pacientes com tuberculose. Realizou-se um estudo bibliográfico, nas bases de dados: BVS (Base virtual de Saúde), LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online), durante o mês de maio de 2012. Os descritores utilizados foram tuberculose, tratamento, adesão. Tendo como critérios de inclusão: trabalhos que abordassem à adesão ao tratamento da tuberculose, publicados nos últimos cinco anos, escritos em língua portuguesa e texto completo disponível on-line. Dessa forma, foram selecionados 10 artigos para a análise dos dados, o material foi lido e devidamente fichado. Os artigos selecionados foram publicados no período de 2008 a 2011, com 08 trabalhos realizados em Unidades Básicas de Saúde (UBS) onde é realizado o Programa de Controle da Tuberculose, e 02 trabalhos de revisão de literatura, onde foi levantados artigos no período de 2002 a 2008. Tendo 08 trabalhos qualitativos do tipo grupo focais. Observaram-se como fatores relevantes para a adesão ao tratamento: equipe de saúde multidisciplinar, o acesso a informações sobre a doença e tratamento e as estratégias para o de retorno do paciente a unidade de saúde. A presença da equipe de saúde completa no serviço, uma vez que as estratégias do PNCT devem, preferencialmente, ser desenvolvidas por equipes multiprofissionais com objetivo de inclusão social do paciente, sem, entretanto esquecer a importância da organização do serviço, influenciando o estreitamento da relação profissional-paciente. A informação é considerada outro fator relevante para a adesão ao tratamento, uma vez que o desconhecimento quanto à possibilidade de cura pode influenciar no abandono. A estratégia de retornos freqüentes tem papel fundamental na redução das taxas de abandono. Pode-se concluir que, a presença da equipe multidisciplinar completa no PNCT contribuir para a compreensão do paciente sobre a sua enfermidade e a importância da adesão ao tratamentO.