Introdução: O exercício da sexualidade na terceira idade é uma realidade marcada por preconceitos. A sociedade, sempre vigilante, faz com que estes indivíduos sintam-se acuados, assim acabam por enfrentar dificuldades para preservar a identidade pessoal e a integridade de alguns papéis e funções, sobretudo aqueles relativos à sexualidade. Objetivo: Analisar a prática sexual de mulheres idosas que frequentam um Centro de Convivência da Terceira Idade em Teresina – PI. Metodologia: Estudo transversal realizado com mulheres acima de 60 anos. A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de um formulário semi-estruturado. Para análise dos dados, utilizou-se estatística descritiva e univariada. Resultados: Participaram dessa pesquisa 70 idosas, que em sua maioria eram casadas (44,29%), referiram ter filhos (80%) e possuíam renda de até 1 salário mínimo (50%). Quanto ao acesso às informações sobre sexualidade, a maioria das idosas busca algum tipo de informação (82,86%), não mostram objeção de tratar sobre o assunto referido (92,86%) e costumam discutir sobre essa temática com o parceiro e colegas (41,59%). Quanto a abordagem sobre sexualidade, mostraram-se satisfeitas com a atuação dos profissionais de saúde (94,29%). Percebe-se que 61,43% das idosas têm vida sexual ativa, com freqüência de atividade sexual de 1 a 3 vezes por mês (46,5%). Muitas referiram sentir prazer em todas as relações sexuais (65,12%). No entanto, algumas se queixaram de desconforto durante o ato sexual (30,23%), sendo a dor o sintoma mais citado (66,67%). Todas as idosas afirmaram não fazer uso do preservativo masculino durante as relações sexuais, alegando o fato de ter um único parceiro como principal justificativa para o não uso (97,67%). Quanto a importância do sexo na terceira idade, este foi considerado como fundamental para a promoção do prazer e da satisfação (83,72%). Conclusão: Percebe-se que as mulheres idosas possuem uma vida sexual ativa, o que representa uma nova forma de viver o envelhecimento. No entanto, apresentam-se vulneráveis a adquirir DST´s e AIDS, pois não fazem uso de medidas de prevenção. Desta forma, é mister que a sexualidade seja discutida com os idosos e estimulada dentro de uma prática saudável e sem estigmas, para que represente, assim, mais um fator que contribua para uma vida saudável e ativa.