No Brasil, a cada ano, cerca de 300 mil mulheres recebem a indicação de histerectomia. Sendo este o segundo procedimento cirúrgico mais realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nas mulheres quando o útero é removido, isto repercute em vários aspectos de sua vida, afetando a sua sexualidade e reprodução. Portanto, ao investigar da sexualidade da mulher submetida à histerectomia suscita em determinar os valores, cultura e crenças que esta possui. Neste estudo pretendeu-se considerar os pensamentos das mulheres, que foram submetidas à realização de histerectomia, focando o seu cotidiano após o procedimento cirúrgico. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica. A coleta de dados foi realizada mediante levantamentos de artigos no banco de dados LILACS e BIREME pela BVS. Os critérios para seleção de artigos foram: artigos publicados em periódicos nacionais no período de 2010 a 2011, publicados em inglês, espanhol e português; referentes à realização da histerectomia. De acordo com os estudos publicados acerca do tema, observou que quando a mulher recebe a noticia que este órgão será retirado, isso repercute em dois tipos de problemas: o medo da cirurgia propriamente dita e da mutilação de um órgão que representa a maternidade e de certa forma a sexualidade feminina, representado por parar de mestruar. Entre tantos, tem-se o útero como órgão sexual para procriação, fonte de competência feminina e de vitalidade, como também o da atração. Diante das construções dos mitos, é freqüente o surgimento de idéias de sentir-se com um "buraco", frígida, "sem capacidade de dar e sentir prazer". Para outras, esta se tornam benéficas, pois têm uma conotação de cura, alívio, de resolução de problemas. Portanto, ao investigar a sexualidade da mulher submetida à histerectomia suscita o conhecimento dos valores que regem o comportamento sexual humano, o qual pode ser definido como fruto do aprendizado, e como tal, ditado pela cultura em que cada indivíduo está inserido. Assim, os comportamentos podem ser diferentes em culturas diferentes. Este estudo sistemático foi de grande relevância, pois permitiu conhecer através da literatura, como a mulher se sente diante da histerectomia, na qual esta necessita adaptar-se a uma nova realidade, visto que dão margem à implementação de uma assistência específica para esta clientela, indo de encontro às suas necessidades.