INTRODUÇÃO: O trabalho doméstico sempre foi um tema que apresentou grandes desafios. Esses trabalhadores, na sua maioria mulheres, sofrem periodicamente desrespeito, desvalorização do trabalho reprodutivo, violação dos direitos humanos e dos direitos fundamentais, como a discriminação, trabalho infantil e o trabalho forçado. OBJETIVOS: Diante disto, este estudo tem como objetivo analisar o conhecimento produzido no banco de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) sobre a saúde e o trabalho doméstico. METODOLOGIA: Realizou-se um levantamento bibliográfico no período de Abril e Maio de 2012 utilizando-se o descritor trabalho doméstico. Foi encontrado 4409 artigos referente a temática. Entretanto, 4390 artigos encontravam-se ou em língua estrangeira ou se distanciaram da temática escolhida e, por isso, foram considerados fora da abordagem estabelecida. Com isso, apenas 19 artigos encaixaram-se nos critérios mencionados e serviram ao que se propôs este estudo. Os artigos foram analisados considerando-se os seguintes critérios: ano de publicação, revista da publicação e o enfoque da publicação. RESULTADOS: Após analise verificou-se que 3 artigos (15,8%) foram dos anos de 1998 a 2001, 8 (42,1%) dos anos de 2002 a 2005 e 8 (42,1%) dos anos de 2006 a 2009, o que representa um maior interesse pela temática nos últimos oito anos. As revistas que mais abordaram a temática foi o Caderno de Psicologia Social do Trabalho com 3 artigos publicados (15,8%) e a Revista Psico com 4 (21,1%), as outras publicações totalizaram 12 artigos (63,1%). Os artigos foram analisados também em relação a temática e percebeu-se que 6 artigos (31,6%) abordaram os serventes de limpeza no mercado de trabalho, 5 (26,3%) abordaram sobre o trabalho infantil domestico, 5 (26,3%) sobre trabalho e risco de saúde no serviço doméstico e 3 (15,8%) sobre o serviço doméstico e a qualidade de vida. CONCLUSÃO: Conclui-se que há uma restrição na produção de conhecimento sobre o trabalho doméstico com enfoque na saúde. Também pode-se perceber a desvalorização desses profissionais que devem ser tratados com dignidade além de ser respeitado o limite de trabalho de cada profissional a fim de evitar problemas futuros de saúde. Para isto cabe a enfermagem realizar educação em saúde contribuindo assim não só para a saúde, como também para o conhecimento dos seus direitos e deveres como cidadãos o que pode contribuir na valorização da sua saúde.