O tromboembolismo venoso (TEV), que inclui tanto a trombose venosa profunda (TVP) quanto o tromboembolismo pulmonar (TEP), é uma das complicações mais freqüentes em pacientes internados.O principal objetivo deste trabalho é o de identificar as ações de enfermeiros concernentes à profilaxia do TEV. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura de natureza descritiva,que engloba as ações de enfermagem na profilaxia do tromboembolismo venoso.Os artigos coletados para a análise foram escolhidos no banco de dados SciELO e LILACS, quando pertinentes ao assunto, no período janeiro a maio de 2012.Utilizou-se o método de análise de conteúdo de Bardin, dividindo os resultados encontrados em categorias: fisiopatologia do TEV e ações de enfermagem na profilaxia do TEV. A análise destes artigos mostrou que os princípios da fisiopatologia do TEV se baseiam na ação de um ou mais dos seguintes fatores:estase venosa, lesão endotelial e hipercoagulabilidade (Tríade de Virchow).Diversas condições,como mobilidade reduzida, fratura em membros inferiores, internações em UTI, obesidade, hormonioterapia e uso de contraceptivos orais, veias varicosas, hipertensão não controlada, neoplasia maligna, síndrome nefrótica, utilização de cateter venoso central, doença inflamatória intestinal, e outros.A enfermagem, que mantêm maior contato com os pacientes, deve conhecer os fatores de risco para o desenvolvimento do TEV. O enfermeiro deve fazer uso de protocolos que possam avaliar o risco do paciente para o desenvolvimento de TEV e, a partir destes, instituir medidas efetivas para a profilaxia deste agravo. O enfermeiro pode identificar os sinais clínicos de alerta para o desenvolvimento do TEV.Outro ponto importante é a educação em saúde.Orientações em relação às principais manifestações clínicas do TEV, bem como a recomendação de medidas simples (deambulação precoce e mudança de decúbito) são valiosas estratégias para prevenção do TEV.O enfermeiro pode atuar na profilaxia mecânica do TEV, através do uso de meias elásticas de compressão gradual, bem como compressão pneumática intermitente.Quanto à profilaxia farmacológica, cabe aos profissionais de enfermagem a administração de medicamentos prescritos pela equipe médica, estando atento às possíveis complicações em decorrência desta terapêutica.A equipe de enfermagem atua como elo fundamental para a prevenção do TEV, buscando uma assistência individualizada e interdisciplinar, com vistas à profilaxia efetiva para este agravo.