INTRODUÇÃO - Com o passar dos anos, a busca constante pela identidade da enfermagem proporcionou a perpetuação da prática baseada no modelo biomédico-tecnicista que se opõe à formação do enfermeiro requerido pela contemporaneidade, expressando preocupação em estabelecer um processo ensino-aprendizagem que contribua efetivamente para a formação de um profissional com pensamento crítico, clínico e reflexivo aguçado, capaz de subsidiar uma assistência individual de qualidade, garantindo sua responsabilidade junto ao cliente assistido. Vale destacar que o planejamento permite diagnosticar as necessidades do cliente, garantindo a prescrição adequada dos cuidados, orientando a supervisão do desempenho do pessoal e avaliando os resultados e qualidade da assistência. É importante enfatizar que é indubitável a necessidade da aplicação do processo de enfermagem proporcionando ao enfermeiro a possibilidade da prestação de cuidados centrada nas necessidades humanas básicas, e, além de ser aplicado à assistência, pode nortear tomada de decisão em diversas situações vivenciadas pelo enfermeiro enquanto gerenciador da equipe de enfermagem. OBJETIVO - Relatar e analisar de maneira reflexiva a observação da prática de enfermeiros alunos de pós-graduação. METODOLOGIA- Trata-se de estudo de natureza descritiva, tipo relato de experiência, pautado na observação dos dados com base na prática de alunos de pós-graduação em Terapia intensiva. RESULTADOS E DISCUSSÃO – O estudo nos permitiu percepção e reflexão sobre o fato de que a atuação do enfermeiro nem sempre está direcionada ao atendimento das necessidades do cliente. Observou-se que os enfermeiros acabam priorizando a prescrição médica e quando prioriza funções de outros profissionais em detrimento das suas, "subestima suas próprias funções e a si mesmo como profissional. CONCLUSÃO – Conclui-se que as atividades na prática diária dos enfermeiros assumem características, predominantemente, baseadas no tecnicismo e modelo biomédico o que acaba afastando o profissional da essência do cuidado. No entanto, parte-se do pressuposto de que a preocupação do ensino universitário deve favorecer a elaboração de estratégias para a aplicação dos conhecimentos adquiridos nas atividades e para a estimulação da criatividade, ao confrontar-se com tarefas cotidianas que exijam resolução de problemas e análises críticas. Conclui-se contudo que os alunos apresentam uma visão limitada quanto às suas próprias competências, atitudes e habilidades.