A vulnerabilidade individual, social e programática enfrentada pelos pacientes portadores de HIV/Aids contribuem desfavoravelmente para a co-infecção com a tuberculose, uma vez que a TB continua sendo um dos grandes problemas de Saúde Pública para o Brasil, pois caracteriza uma das doenças emergentes. A TB está diretamente ligada as condições precárias, à má distribuição de renda e à urbanização acelerada, ao se confrontar com a epidemia de HIV/Aids, tem vivido um processo crescente de pauperizacão, aumentando os índices de co-infecção. O objetivo deste trabalho é analisar o material publicado em um espaço temporal sobre a adesão ao tratamento dos pacientes com co-infecção de HIV/tuberculose. Trata-se de uma revisão integrativa é um método que proporciona a síntese de conhecimento existente e a incorporação dos resultados de estudos significativos na prática. Os artigos utilizados nesse trabalho foram publicados no período de 2002 a 2011, indexados nas bases de dados Scielo e Pubmed. A amostra compreendeu 7 artigos, sendo estes categorizados de acordo com ano de publicação, periódico, idioma, tipo de produção científica e fatores relacionados a adesão. Dentre os fatores encontrados para não adesão ao tratamento temos: os relacionados ao paciente, baixa condição socioeconômica, uso de drogas lícitas e ilícitas, a depressão, os sentimentos negativos e a perda da esperança, a estigmatização; os relacionados ao serviço de saúde, a falta de estrutura física, desorganização do processo de trabalho multiprofissional, dificuldade no diagnóstico HIV/TB, pouca orientação aos pacientes sobre o tratamento; os relacionados ao tratamento, a quantidade de comprimidos, interações medicamentosas, efeitos adversos dos medicamentos. Poucas publicações referentes à adesão ao tratamento foi verificada. Sendo importante considerar à adesão ao tratamento uma questão multifatorial, dependente das questões comportamentais dos pacientes, da estrutura do serviço de saúde, o tratamento da doença e o suporte oferecido a estes pacientes. Para modificação desta realidade é necessário à articulação dos programas governamentais que dão suporte aos pacientes de HIV e de TB, visto que a co-infecção exige os cuidados particulares inerentes a cada patologia e cuidados conjuntos referentes ao tratamento, pois ocorrem interações medicamentosas e a fragilidade do paciente frente a essa realidade; o serviço deve ser multiprofissional para abranger os fatores relacionados ao paciente.