O enfermeiro, junto com a equipe de enfermagem, é o profissional que passa mais tempo com o paciente, sendo a primeira pessoa a detectar alterações nas condições dos mesmos, por isso é essencial o desenvolvimento da capacidade de interpretar os achados e de raciocinar criticamente, daí a importância da semiotécnica. Para Santos (2011), o ensino da semiologia deve buscar técnicas adequadas ao contexto em que se realiza a consulta e para facilitar o crescimento dos alunos, a fim de que eles tenham participação ativa na construção do conhecimento. O estudo objetiva descrever a vivência de acadêmicos de enfermagem nas práticas de semiologia e semiotécnica. Trata-se de um relato de experiência, realizado durante o mês de abril do corrente ano, de uma atividade da disciplina Semiologia e Semiotécnica I do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande campus Cajazeiras-PB. Relato da experiência: Para a atividade foram organizados grupos de quatro alunos, treinados devidamente, onde cada um ficou responsável de realizar em 20 pessoas, escolhidas aleatoriamente, as técnicas de: aferição da temperatura corporal, pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória, Índice de Massa Corpórea (IMC), circunferência abdominal, bem como, ausculta pulmonar e cardíaca. Antes dos procedimentos foi explicado aos participantes cada um, a fim de contar com a colaboração dos mesmos e obter resultados seguros e fidedignos, sendo esclarecido que a participação é voluntária. Utilizaram-se os seguintes materiais: esfignomanômetro, estetoscópio, termômetro, álcool, algodão, relógio de pulso, caderno de anotações, caneta, fita métrica e calculadora. No final da atividade, cada grupo emitiu um relatório constando os resultados e suas respectivas avaliações. Verificou-se que a maioria dos participantes não apresentou alterações nos sinais vitais, nem na ausculta pulmonar e cardíaca, entretanto constatou-se que uma parcela considerável dos participantes estava acima do peso. Com isso, percebemos o quão necessário fazem-se as práticas de semiologia e semiotécnica na formação do acadêmico de enfermagem, pois elas possibilitam o aperfeiçoamento das técnicas e dos saberes científicos, consolidando o embasamento teórico obtido em sala de aula, além de proporcionar ao aluno, uma maior segurança e competência na detecção de alterações que possam interferir na saúde do paciente. Destreza e conhecimento são aliados importantes para promover uma assistência de qualidade.