O aumento da expectativa de vida e o envelhecimento populacional são notáveis a nível mundial, estando isso relacionado ao avanço técnico-científico que proporciona melhorias na qualidade de vida e nos cuidados à saúde. A fragilidade do estado fisiológico e os estigmas impostos pela sociedade ao idoso o tornam vítima potencial dos diferentes tipos de violência, que pode ser cometida dentro ou fora de casa por algum membro da família, ou ainda pessoas que passam a assumir função parental, mesmo sem laços de consanguinidade. O objetivo deste estudo foi identificar artigos sobre violência contra idosos, publicados em periódicos da área da saúde, classificando-os quanto à categoria profissional do autor, ano e local de publicação, perfil do agressor e da vítima. Consiste em uma pesquisa bibliográfica relacionada à produção científica sobre a temática no período de 2002 a 2011, por meio do banco de dados SCIELO, LILACS e PUBMED utilizando como descritores: violência doméstica, idoso e maus-tratos ao idoso. Observou-se que o interesse sobre a temática é maior entre médicos, enfermeiros e psicólogos, predominaram artigos publicados em 2010 e na região sudeste do Brasil. Já o perfil do agressor consiste, na maioria das vezes, no próprio cuidador do idoso, como familiares (filhos, noras, genros e esposos). Quanto à vítima, estudos demonstram que no interior da casa, as mulheres são mais abusadas que os homens; já na rua, eles são vítimas preferenciais. Através da descoberta do perfil do agressor e da vítima da violência contra o idoso é possível formular estratégias de rastreamento dos diferentes tipos de violência, utilizando-se de instrumentos como questionários, entrevistas, exames de corpo e delito e denúncias oficiais, além de cobrar a aplicação de políticas públicas e desenvolver políticas educacionais a longo e curto prazo, estimulando o respeito nas relações intergeracionais e a inclusão social com objetivo de conscientizar a sociedade da importância do idoso.