Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM SOBRE A MORTE ENCEFÁLICA
Relatoria:
QUINIDIA LúCIA DUARTE DE ALMEIDA QUITHé DE VASCONCELOS
Autores:
- IZAURA LUZIA SILVERIO FREIRE
- VAMILSON OLIVEIRA DE PONTES
- ANA ELZA OLIVEIRA MENDONÇA
- GILSON DE VASCONCELOS TORRES
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Morte Encefálica (ME) é definida como a parada total e irreversível das funções encefálicas, demonstrada pela ausência de funções elétricas, metabólicas e ausência de fluxo sanguíneo para o encéfalo. Os pacientes em ME por estarem gravemente instáveis necessitam de um ambiente especializado e de recursos humanos que detenham conhecimentos abrangentes sobre a fisiopatologia da ME. OBJETIVO: Verificar o conhecimento da equipe de enfermagem sobre a ME. METODO: Estudo exploratório-descritivo, com abordagem quantitativa e dados prospectivos, realizado nas unidades de urgência e terapia intensiva de um hospital de Natal/RN, nos meses de Agosto e Setembro de 2010. A população constou de 55 profissionais de enfermagem. Após aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 414/10, os dados foram coletados, tabulados e analisados pela estatística descritiva. RESULTADOS: Da população estudada, 14 (25,5%) eram enfermeiros e 41 (74,5%) técnicos em enfermagem. Nas condições indispensáveis para a abertura do protocolo de ME, a maioria dos entrevistados (37,5%) acreditavam erradamente ser a temperatura superior a 36°C e a ausência de depressores do sistema nervoso central nas últimas 48 horas seguido da causa de morte definida, sem uso de sedação (36,1%); Nas condições que inviabilizam a doação, as mais aludidas foram a infecção pelo vírus Human Tlymphotropic virus (29,6%) e a tuberculose pulmonar (23,5%). Quanto às alterações fisiológicas associadas à ME, a temperatura corporal (21,5%), e a instabilidade hemodinâmica (19,8%), foram as mais citadas. Em relação às funções encefálicas ausentes no paciente em ME, a maioria respondeu corretamente sobre a perda irreversível de todas as funções do córtex cerebral, telencéfalo e de tronco cerebral (35,4%). Outros profissionais optaram erroneamente pela perda irreversível de toda a função cortical cerebral (20,3%). Alguns pesquisados (8,9%) afirmaram incorretamente que essas funções variam conforme a legislação de cada país. CONCLUSÃO: O atual conhecimento sobre a ME é insuficiente entre os profissionais de enfermagem nas unidades que mais frequentemente se deparam com pacientes nessa situação. Há necessidade de educação sobre o tema a fim de evitar gastos desnecessários, diminuir o sofrimento familiar e aumentar a oferta de órgãos e tecidos para transplantes.