Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
A VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES NEGRAS DISCUTIDA SOB A ÓTICA DA BIOÉTICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
ELKA FERNANDA PAULINO MARTINS
Autores:
- Antonia Líria Feitosa Nogueira Alvino
- Cristina Virgínia Oliveira Carlos
- Juliana Suelly de Almeida e Assis
- Luana Kátia Santos Oliveira
Modalidade:
Pôster
Área:
Vulnerabilidade social
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: O estudo “O nome da Rosa: violência contra as mulheres negras” é fruto do XV Seminário de Bioética: “Tudo se compõe e decompõe: violência em questão”, uma atividade institucional da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Apresentou discussões sobre o processo de construção da bioética debatendo temas persistentes na sociedade, para desta forma refletir, criticar, (re) formular valores e atitudes frente às questões da violência, bem como suas implicações no processo saúde/doença. Diante disso, trabalhamos a temática “violência contra mulheres negras”, enfocando a bioética que se preocupa em intervir na realidade na qual os sujeitos estão inseridos. Objetivo: Debater como as políticas públicas estão voltadas para atender os grupos mais vulneráveis, dando ênfase às mulheres negras, resgatando o contexto histórico vivido por elas na sociedade escravocrata, o qual reflete na sociedade atual em forma de violências. Metodologia: Por se tratar de uma temática aberta, de natureza opinativa, a abordagem metodológica foi qualitativa, que é utilizada para descobrir e refinar as questões de pesquisa, tendo como etapas a pesquisa bibliográfica e o debate com discussões sobre a temática. Resultados: Observamos que as mulheres negras, em sua maioria, ainda são vítimas dos mais diversos tipos de violência, tendo a exclusão social como uma forma de violência predominante, o que nos remete a discussão da “feminização da pobreza”, ou seja, o fato de hoje o maior número de pessoas consideradas pobres é constituído por mulheres, mais especificamente mulheres negras. Essa questão coopera para que essa categoria esteja à margem da sociedade e com maior exposição aos riscos para sua saúde. A discussão no âmbito da bioética não se restringiu ao indivíduo, abordou também o coletivo e as políticas de saúde voltadas para a classe em questão, que devem buscar garantir os princípios do SUS. Conclusão: Através deste estudo, foi possível discorrer sobre diversas formas de violência que as mulheres negras sofrem em vários âmbitos: escolaridade, empregabilidade, gênero, social, psicológica, física; compreendemos assim, o cenário que esta mulher está inserida, bem como todas as marcas que trazem de um passado preenchido de exclusão repercutida na atualidade, que por muitas vezes são despercebidas, proporcionando visualizarmos a problemática da violência sob um novo olhar: mais humano e ético.