A velhice por si só já traz a tona uma série de transformações de cunho físico, psicológicas e sociais, porém, devido às intensas mudanças sociais que vem ocorrendo, estas alterações que deveriam ser vividas de forma normal e saudável como em qualquer outra fase da vida, devido a problemas como a representação social tortuosa de sua realidade, faz com que essa fase venha sendo motivo de muito preconceito e estereótipos, e os seres que vivem a velhice sejam desvalorizados socialmente e sofram com o peso da exclusão. O trabalho se propõe assim a fazer uma discussão sobre a representação social do ser velho e da velhice, evidenciando fatos e aspectos que caracterizem esta representação. Como caminho metodológico, utilizou-se de uma revisão bibliográfica sistematizada, aos quais foram utilizados artigos científicos que se remetiam especificamente a discussão de representação social do idoso e outros que se remetiam a representação social e a inserção do idoso na sociedade. O ser velho durante o decorrer dos tempos, acompanhando as transformações e necessidades da sociedade, o sentido, isto é, a realidade sobre o idoso também foi se alterando acompanhando essas mudanças sociais. Na sociedade capitalista contemporânea, em que é evidenciado o lucro acima de qualquer coisa, dando valor a quem produz, a quem trabalha, o idoso vem enfrentando intensos problemas, sendo vistos, como seres inúteis, doentes, que não produzem, que só consomem e geram gastos, não sendo merecedores de vez e voz neste meio. Deste modo, fica evidente a importância que a construção de sentidos sobre determinado ser ou coisa, aqui no caso o idoso, ser realizado de forma condizente com sua realidade, haja vista, ser através deste processo de representação que realidades são construídas, significâncias são erguidas e conseqüentemente valores sociais são edificados.