INTRODUÇÃO: O acesso aos meios necessários para manutenção/recuperação da saúde constitui um direito que deve estar ao alcance de toda a população, independente de sua condição social ou características pessoais. as condições socioeconômicas, o lugar onde vive, a qualidade dos equipamentos sociais aos quais têm acesso e o compromisso da equipe profissional são determinantes na eficácia do cuidado em saúde e saúde materna. Entretanto, para uma parcela significativa da população feminina, esse direito não tem sido garantido, pois fenômeno como o da alta mortalidade materna prevalece nos dias atuais, embora seja reconhecidamente evitável em grande parte dos casos, através da oferta e utilização de serviços assistenciais de qualidade. OBJETIVO: Conhecer variáveis sócio-demográficas, buscando-se traçar o perfil das mulheres usuárias do ambulatório da Cidade Universitária da UFMA. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo transversal realizado no Ambulatório da Cidade Universitária da UFMA no de 2007. Foi realizada seleção das pacientes em livre demanda e estimuladas a participar da consulta ginecológica e subsequente exame colpocitológico. Os dados foram transformados para o banco de dados do EPI-Info 2000, analisados estatisticamente e realizados cruzamentos entre os dados tabelados para observação de sua significância estatística. Os resultados foram analisados pelo teste X² considerando resultados significativos quando p< 0,05 e intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: Analisando-se os aspectos sociodemográficos das 1002 mulheres envolvidas neste estudo, a idade variou de 7 a 87 anos, com média de 34 anos, sendo que a maior freqüência de gestantes apresentou idade entre 21 e 30 anos. (32,2%), A maioria procedente da Vila Embratel (47%) e Sá Viana (27,4%). Observou-se predomínio de mulheres com fundamental incompleto (41,3%) e a menor parcela possuía o ensino superior (0,4%). CONCLUSÃO: Assim, a maioria das mulheres estudadas possui idade média de 34 anos, residia próximo ao local do estudo e possuía ensino fundamental incompleto. Nesse sentido, vê-se que a posição do indivíduo na escala social exerce importante influência nas necessidades em saúde, e o risco observado tende a ser mais desvantajoso para aqueles pertencentes aos grupos sociais menos privilegiados.