A sífilis é uma Doença Sexualmente transmissível (DST), infecto-contagiosa, presente em todas as classes sociais, pandêmica, que se desenvolve e se apresenta em sua forma primária, só que, com ausência do tratamento, pode desencadear as formas mais graves ou mesmo a forma congênita. É uma doença com tratamento existente há 60 anos, baseado na administração da penicilina benzatina. O artigo tem como objetivo analisar a percepção das gestantes sobre a sífilis congênita e para isso fez-se necessário identificar junto às mesmas o conhecimento sobre a doença, investigar os obstáculos enfrentados pelas gestantes na realização ao exame de detecção de Sífilis assim como investigar as orientações recebidas sobre a sífilis durante o pré-natal. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, onde por meio de entrevista semi-estruturada composta por 4 questões, foram captados dados de 10 gestantes atendidas pelo programa ministerial pré-natal da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Francisco de Queiroz Porto, na cidade de Mossoró/RN, para maior compreensão dos mesmos foi usado a técnica de análise descritiva onde se pode identificar as idéias centrais das falas dos sujeitos. De acordo com as falas foi perceptível encontrar na população estudada uma pauperização em relação a informações e conhecimento acerca da temática central, fator este que pode estar entrelaçado com o potencial risco de contaminação da gestante e possivelmente o feto e atrelado a isso, pode-se analisar também o tipo de assistência que a enfermagem disponibiliza à gestante. Conclui-se que o trabalho atingiu os objetivos propostos e que a enfermagem não tem disponibilizado às gestantes informações sobre os potenciais riscos que a mesma pode enfrentar na sua gestação, distanciando-se do seu papel enquanto agente de educação e de cuidados, focando-se apenas na prática clínica, sugere-se rodas de conversas para que a promoção a saúde seja realmente efetivada e os riscos, a esse grupo populacional, seja minimizado.