Considerações iniciais - As doenças sexualmente transmissíveis são prevalentes na adolescência e facilitadoras da contaminação pelo HIV. A baixa idade das primeiras relações sexuais, a variabilidade de parceiros, o pensamento abstrato, o não uso de preservativo e o uso de drogas ilícitas são apontados como fatores predisponentes às doenças sexualmente transmissíveis. Assim, as alternativas educacionais com vistas à sua prevenção devem estar pautadas em orientações cuja essência seja a diminuição da vulnerabilidade com valorização da vida, mudança de comportamento e construção das alternativas de prevenção num clima de liberdade, responsabilidade e solidariedade humana. Objetivos - Verificar o nível de conhecimento em relação ao método de prevenção contra DST/AIDS e sensibilizar e capacitar os jovens quanto à importância dos cuidados com a saúde sexual. Metodologia - Trata-se de um estudo de natureza descritiva, relato de experiência, onde a observação dos dados foi realizada durante a execução de um projeto de prevenção de DST/HIV/AIDS, no período de 2008 a 2011 . O Projeto supracitado contempla oficinas de discussão sobre temas relacionados às DST/HIV/AIDS, por meio de atividades educativas, oficinas para elaboração de materiais educativos. Resultados e discussão - A partir da execução do projeto foi possível observar que os jovens estão mais sensibilizados e informados sobre sexualidade e DST/HIV/AIDS e outros temas afins, socializando estes conhecimentos com outros, familiares e comunidade, através de fácil entendimento. Isso pode ser observado através do interesse desses jovens em adquirir cada vez mais informações, participando das atividades propostas. Vale ressaltar que a forte influência cultural sobre a sexualidade dificulta e/ou inibe a abordagem natural do tema. Observou-se ainda que os adolescentes banalizam a prática segura do sexo pois acreditam que quanto maior o número de parceira maior a virilidade. Além disso, o uso de álcool e drogas torna a população em estudo mais vulnerável ao adoecimento. Conclusão - Trabalhar tema tão polêmico como, sexualidade e AIDS de forma lúdica, se torna mais atraente para a população jovem, como também para a comunidade, além de considerar a linguagem mais acessível, criativa e reflexiva valorizando a cultura daquela comunidade. Apesar de valores e tabus enraizados os adolescentes mostram-se curiosos na busca de informações sobre o tema.