INTRODUÇÃO: O Ministério da Saúde destaca que a educação em saúde no âmbito da Estratégia de Saúde da Família (ESF) é uma prática preventiva e atribuída a todos os profissionais que compõem a equipe de saúde, que deve estar capacitada para prestar uma assistência integral às famílias, identificando situações de risco à saúde, enfrentando, em parceria com a comunidade, os determinantes do processo saúde-doença. Também deve desenvolver processos educativos voltados à melhoria do autocuidado dos indivíduos, com valorização dos diversos saberes e práticas, na perspectiva de uma abordagem integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos de confiança com ética, compromisso, respeito e autonomia. Devem permear todas as práticas do cuidado e envolver os familiares no processo educativo, de modo que as ações educativas partam da realidade vivida pela família, em uma relação dialógica com o profissional, em que este se apresenta com interesse autêntico em ouvir o outro. OBJETIVO: Identificar a concepção de profissionais que atuam na ESF acerca da educação em saúde. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, que faz parte de um projeto guarda chuva, aprovado pelo Comitê de Ética deste (Protocolo nº 83/11). O estudo foi desenvolvido em duas ESF integradas, localizadas no município de João Pessoa-PB. A amostra foi constituída por 21 profissionais que atuavam na rede de serviço. A coleta de dados foi realizada no período de agosto a dezembro de 2011, por meio de entrevista semiestruturada. A análise dos dados seguiu os passos propostos por Minayo. RESULTADOS: A análise das entrevistas permitiu identificar que alguns profissionais ainda veem o processo de educação em saúde de forma verticalizada, os quais não levam em consideração os conhecimentos advindos do saber popular. Entretanto, há aqueles que acreditam ser uma ferramenta de grande importância na promoção da saúde, fazendo com que o cuidado, tanto individual quanto coletivo, seja integral e humanizado. Outro ponto ressaltado referiu-se a educação em saúde como sendo um fator que pode levar a transformação do modo de viver das pessoas. CONCLUSÃO: Os profissionais precisam ampliar o conceito de educação em saúde, devendo considerar todos os aspectos que envolvem os conhecimentos próprios de cada usuário e, desta forma, buscar fazer com que o indivíduo torne-se um ser pensante e reflexivo, capaz de empoderar-se de autonomia para o seu cuidado.