O transtorno mental sempre foi visto como um desvio em relação a um padrão de comportamento pré-estabelecido, tanto pela sociedade em geral, como pela ciência. Historicamente, a assistência psiquiátrica no Brasil se organizou por meio de um modelo de atenção caracterizado por práticas assistenciais que enfatizavam a sintomatologia e se efetivavam por intermédio de longas internações em hospitais psiquiátricos, negligência e maus-tratos. Entretanto, essa realidade vem sendo transformada gradativamente. A mudança iniciou-se com o movimento de reforma psiquiátrica, no final da década de 1970. Atualmente existem mecanismos para minorar este sofrimento, entre eles as terapias ocupacionais que objetivam promover o bem estar e reforçar capacidades funcionais remanescentes. Relatar à experiência vivenciada das terapias ocupacionais a família com transtorno mental no âmbito domiciliar, na atenção básica, na perspectiva da reinserção social e familiar. Trata-se do relato de uma experiência vivenciado em um núcleo familiar, através de visitas domiciliares e realização de terapias ocupacionais por um grupo de alunos do Curso de Enfermagem durante a disciplina Saúde Mental na Atenção Básica, foi desenvolvido no município de Teresina-Pi, em um bairro da zona norte, nos meses de março e abril de 2011. Trata-se de uma família, visivelmente desestruturada, tanto em carência afetiva como em carência sócio-econômica, na qual era composta por portador de depressão e usuários de drogas ilícitas. Percebe-se também a ausência de apoio e formação de um seio familiar, tendo-se aqui o desemprego como ponto dificultador a integração familiar, colocando em risco inclusive, o bom desenvolvimento, cogno-afetivo das crianças da residência. Como proposta para a família utilizou-se a pintura em tecido, obtendo resultados positivos no trabalho em grupo, obtendo interação entre os mesmos em uma atividade em comum. O enfermeiro enquanto educador em saúde e assistencialista deve se fazer valer de estratégias que busquem o bem-estar de sua população assistida. Assim a terapia ocupacional constitui-se um valoroso instrumento de trabalho, pois além favorecer e fortalecer um relacionamento interpessoal com resgate da auto-estima permite também, uma integração social do paciente com transtorno mental.