A Reforma Psiquiátrica propõe formas de atuação substitutivas ao tratamento hospitalar, enfatizando a participação da família, a descentralização dos serviços, a reintegração do doente mental ao seu contexto social e a luta pelos direitos civis. Frente a esses desafios surgem os serviços de saúde mental ambulatoriais, visando reverter antigas práticas e apontar para novas referências de atendimento ao paciente, por meio da intervenção de diferentes profissionais com formação e práticas orientadas para a assistência comunitária propondo-se o trabalho interdisciplinar. As ações terapêuticas devem ser realizadas pela equipe multiprofissional, visando prestar assistência de maneira holística, assistindo o paciente como um ser integral. Objetivou-se Subsidiar os discentes na construção do conhecimento sobre o papel do enfermeiro em um hospital psiquiátrico, no município de Caxias- Maranhão. Consiste em um relato de experiência das discentes da disciplina Estágio curricular supervisionado I, do curso de graduação em enfermagem da Universidade Estadual do Maranhão - UEMA no período de 02 de abril a 27 de abril de 2012. No hospital psiquiátrico atua uma equipe multiprofissional, contudo não há conexão entre os profissionais que a compõem. Foi possível observar que o contato dos profissionais da equipe com os pacientes internos dá-se apenas na admissão ou quando este encontra-se em crise. O enfermeiro se faz muito ausente na rotina do serviço, o seu papel restringe-se apenas em assinaturas e notificações nas fichas de admissão, sendo assim limitado à burocracia do setor. Conclui-se que essa ausência da assistência de enfermagem ao paciente psiquiátrico reflete negativamente na saúde do mesmo.