Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
PACIENTES DE UTI EM USO DE DROGAS VASOATIVAS: CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA EPIDEMIOLÓGICA
Relatoria:
ISABEL MONIQUE LEITE ROMUALDO
Autores:
- Tâmara Medeiros Monte de Oliveira
- Eide de OLiveira Rabelo
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Monografia
Resumo:
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um serviço de internação destinado a pacientes graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos, os quais requerem assistência médica e de enfermagem permanentes. Essa unidade fornece suporte e tratamento intensivo, proporcionando monitorização contínua, vigilância 24 horas, além de equipamentos específicos e tecnologias destinadas ao diagnóstico e ao tratamento terapêutico. Comumente empregadas nos pacientes graves que apresentam alterações hemodinâmicas importantes, as drogas vasoativas (DVA) são de uso corriqueiro nas unidades de terapia intensiva. A introdução de agentes vasoativos ao tratamento dos pacientes com sérios distúrbios perfusionais visa corrigir as alterações cardiovasculares, no intuito de restaurar a oferta de oxigênio e de nutrientes aos tecidos, reequilibrando essa oferta as demandas metabólicas . Objetivou-se caracterizar o paciente internado na UTI em uso de DVA. Realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 85 pacientes, internados na UTI de um hospital municipal, localizado em Fortaleza, Ceará, durante o ano de 2009. A coleta dos dados foi realizada nos meses de março e abril de 2011, através de consulta ao relatório de enfermagem, seguindo um roteiro de levantamento de dados. O projeto foi submetido ao comitê de ética, aprovado com protocolo 05/2011. Os aspectos éticos foram contemplados. Os resultados apontaram uma prevalência do sexo feminino (55,3%) e média de idade de 70 anos. O diagnóstico mais comum foi o acidente vascular encefálico (29,4%), seguido das pneumopatias (23,5%). Destaca-se que 89,4% dos pacientes necessitaram de suporte ventilatório invasivo e 98,9% utilizaram sonda nasogástrica para alimentação. O uso de sonda vesical de demora para o controle rigoroso da diurese esteve presente em 92,9%; 92,9 % utilizaram acesso venoso central e 90,6% fizeram uso de antibióticos. Em relação aos níveis pressóricos, apenas 4,9% apresentaram normalidade, sendo a noradrenalina a DVA mais utilizada (67,1%) seguida da dopamina (35,3%). Quanto à evolução, 64,7% evoluíram para óbito, enquanto 35,3% tiveram transferência intra ou extra-hospitalar. Concluiu-se que o paciente grave apresenta especificidades importantes que exigem conhecimento da equipe de enfermagem para prestar uma assistência de qualidade, sendo fundamental o conhecimento acerca das ações das DVA.