A Gestão dos Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) no país, sua concepção, o equacionamento da geração, do armazenamento, da coleta até a disposição final, têm sido um constante desafio colocado aos serviços e à sociedade. A gestão integrada de resíduos deve priorizar a não geração, a minimização da geração e o reaproveitamento dos resíduos, a fim de evitar os efeitos negativos sobre o meio ambiente e a saúde pública. As Resoluções RDC ANVISA nº 306/04, CONAMA nº 358/05 e a Política Nacional de Resíduos que dispõem, sobre o gerenciamento interno e externo dos RSS, destacam a importância dada à segregação na fonte, à orientação para os resíduos que necessitam de tratamento e à possibilidade de solução diferenciada para disposição final, desde que aprovada pelos Órgãos de Meio Ambiente, Limpeza Urbana e de Saúde. Visando uma maior clareza quanto ao manuseio desses RSS classifica-os em cinco grupos: A (potencialmente infectantes), B (químicos), C (radiológicos), D (comum) e E (pérfurocortante). Verificar o manejo de RSS de um hospital de ensino, bem como identificar o tratamento dispensado a estes resíduos no referido Hospital. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, vivenciado durante visitas técnicas a um hospital de ensino, realizadas no primeiro semestre do corrente ano, durante estágios da disciplina de Infecção Relacionada à Saúde, utilizando-se como instrumento norteador dessas visitas a fim de se identificar corretamente o processo de segregação de RSS. A segregação de resíduos de modo organizado no referido hospital é relativamente nova, pois somente com a nova resolução o serviço viu-se obrigado a estruturar um setor específico para o planejamento e manejo destes RSS. A correta segregação de RSS é de fundamental importância para se diminuir os riscos de agravos relacionados à saúde. O serviço visitado, somente em parte atende aquilo que preconiza a resolução: faz correta coleta em seus setores, contudo enfrenta dificuldades quanto à segregação nos setores de produção. Outra dificuldade encontrada pelo serviço refere-se à falta de recursos humanos, pois os mesmos funcionários que separam o lixo no setor de acondicionamento são os mesmos que realizam a coleta do lixo dentro dos setores do hospital. Tudo isso gera riscos à saúde e implica em não cumprimento das leis.