O cuidado em um ambiente hospitalar exige condições físicas e comportamentais de pessoas e instituições para sua eficaz realização, logo a família deve participar e ser orientada, para esse cuidado, em suas dúvidas e angústias. Este estudo objetivou reconhecer as atividades realizadas pelo familiar cuidador; e levantar as dificuldades que o familiar cuidador apresenta durante o período de internação. Tratou-se de um estudo qualitativo do tipo exploratório, realizado na Unidade de Emergência do Hospital Geral referência do Ceará. Foram selecionados familiares cuidadores de pessoas internadas, que se encontravam na ocasião do levantamento dos dados, nas dependências no local do estudo. Utilizou-se para coleta de dados uma entrevista semi-estruturada, após a assinatura do Termo de Consentimento. O estudo foi realizado no mês de outubro de 2008. Os resultados apresentaram que os familiares cuidadores estavam em sua maioria na faixa etária de 25 a 30 anos de idade, eram mulheres, domésticas, sem renda ou ganhando menos de um salário mínimo e disponibilizavam tempo de cuidados maior ou igual há um ano. As atividades realizadas pelo familiar cuidador eram: auxilio na locomoção e atividades como andar e movimentar articulações; auxilio no cuidado de higiene corporal; auxilio e estímulo na alimentação; promoção da comunicação e socialização; estimulo à espiritualidade; prestação de cuidados, sob a orientação do profissional, em curativos simples, manejo de sonda vesical, a alimentação por sonda; pedido de auxilio sempre que necessário aos profissionais. As dificuldades mencionadas pelos cuidadores foram: comunicação prejudicada; infraestrutura hospitalar precária, falta de privacidade, e poluição sonora. Sobre essas prerrogativas, sugerimos que homens e mulheres realizem o cuidado, ajudados pela equipe de enfermagem e demais profissionais na área da saúde, que munidos de mudanças de comportamentos e estratégias, melhor abordem a saúde das famílias assistidas na unidade de emergência. Concluímos que certa atenção deve ser oferecida aos cuidadores porque algumas atividades de enfermagem estão sendo exercidas pelos familiares. Essa realidade, faz-nos repensar quanto à necessidade de orientar esses cuidadores para o desempenho de atividades estritamente de suas competências sob supervisão da equipe de saúde. Considerando a família como um recurso humano para o cuidado, a equipe de saúde deve orientá-la para podermos caminhar para uma melhor qualidade em saúde.