Em crianças com Infecção Respiratória Aguda (IRA), destacam-se diagnósticos de enfermagem respiratórios e, um dos mais encontrados é Padrão Respiratório Ineficaz (PRI). Este diagnóstico é definido como inspiração e/ou expiração que não proporciona ventilação adequada. Suas características definidoras (CD) mais comuns em crianças com IRA são alterações na profundidade respiratória, dispneia, taquipneia, ortopneia e uso da musculatura acessória para respirar. Para que um diagnóstico reflita real estado do paciente, isto é, seja acurado, é necessário definir as medidas de acurácia de suas características definidoras: sensibilidade (S), especificidade (E) e probabilidade pós-teste (PPT). Este estudo teve como objetivo calcular as medidas de acurácia das CD do diagnóstico de enfermagem PRI em crianças com IRA. Estudo transversal com abordagem quantitativa. Realizou-se avaliação respiratória em 249 crianças com IRA, de janeiro a abril de 2011, em dois hospitais públicos especializados no atendimento a crianças em Fortaleza – CE. Utilizou-se o programa estatístico SPSS versão 19.0 for Windows®. Os dados foram compilados e organizados em tabelas. Atendeu-se aos aspectos éticos exigidos na Resolução 196/96. PRI esteve presente em 65,5% da amostra. A característica que se mostrou mais sensível foi: Alterações na profundidade respiratória (92,02%). As características definidoras que apresentaram elevada especificidade foram: Respiração com lábios franzidos (98,86%); Diâmetro ântero-posterior aumentado (85,19%); Bradpneia (98,86%); Batimento de asa de nariz (98,84%). Conclui-se que, medidas de acurácia são uma ferramenta que auxilia o enfermeiro na inferência do processo diagnóstico e que, analisar S, E e PPT possibilita avaliar o desempenho de indicadores para a identificação de PRI em crianças com IRA.