INTRODUÇÃO: A integralidade na atenção à saúde é definida como a articulação de ações e serviços, envolvendo a promoção, proteção, recuperação da saúde e se constitui como princípio norteador da organização dos serviços. Na ótica dos usuários, tem sido associada ao tratamento digno, respeitoso e com qualidade, de acolhimento e vínculo. OBJETIVOS: Analisar a produção científica de enfermagem sobre a integralidade do cuidado ao hipertenso, segundo os aspectos estruturais. METODOLOGIA: Foi realizado uma revisão integrativa da literatura com consulta sistemática às bases de dados LILACS e SciELO, utilizando-se os descritores: “assistência integral à saúde”, “hipertensão” e “homem”. Foram analisados 16 artigos. Como critérios de inclusão, os artigos deveriam ter sido publicados no período de 2008 a 2012 e ter texto completo em português, na qual os resultados deveriam atender à seguinte pergunta: como é concebida a integralidade do cuidado à pessoa com hipertensão? RESULTADOS: Os achados apontaram que a integralidade do cuidado não está sendo respeitada enquanto princípio norteador da organização dos serviços de saúde, pois, segundo os autores dos estudos analisados, a falta de infraestrutura dos serviços atrapalha a resolubilidade dos casos. Os principais dados mostram que as práticas de integralidade só se concretizam em condições básicas, que os serviços muitas vezes não oferecem, pois não foi identificada lógica de cuidado integral e monitoramento nas etapas da assistência, sendo que o trabalho interdisciplinar emerge como elemento fundamental para esta prática. Os enfermeiros têm realizado o rastreamento da população de risco para hipertensão arterial, contudo não há seguimento integral das recomendações do Ministério da Saúde, e esta assistência deve estar voltada para a valorização da interação, do engajamento e do vínculo dos pacientes hipertensos, pois o trabalho integral a ser realizado pelos enfermeiros deve privilegiar a promoção da saúde e a prevenção de agravos, assim como proporcionar uma educação em saúde, pois esta proporciona a redução de danos e incapacidades. CONCLUSÃO: O estudo mostrou a necessidade de ações concretas e eficazes dos gestores, profissionais e das instituições de ensino, com vistas à inclusão e consolidação de uma assistência mais equânime voltada para a integralidade do cuidar, centrada principalmente no atendimento das reais necessidades dos pacientes com hipertensão.