INTRODUÇÃO: A dengue é considerada uma das doenças de maior incidência nas regiões intertropicais ao redor do planeta, constituindo um importante problema de saúde pública. Além dos fatores biológicos envolvidos em seu ciclo de transmissão, a reprodução da doença está intimamente relacionada a determinantes de ordem sócio-econômica, podendo ainda, ser considerada como um subproduto da urbanização acelerada e sem planejamento. Nos primórdios da circulação do vírus da dengue no Brasil, sua epidemiologia se caracterizava pelo acometimento de grupos populacionais de adultos jovens, com o registro de raros casos graves (febre hemorrágica e dengue com complicações) e óbitos. Especialmente a partir do ano de 2002, observa-se uma significativa mudança na epidemiologia da dengue, com o registro de um maior número de casos graves e óbitos. OBJETIVO: Discutir as principais implicações epidemiológicas e clínicas da dengue para saúde pública, ressaltando alguns dos principais fatores que contribuem para ocorrência de epidemias com características sazonais. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo-analítico do tipo revisão bibliográfica, em que para sua construção utilizou-se artigos nacionais, publicados em bancos de dados on line: Scielo e BVS, a cerca da dengue. Elegendo-se como critérios de inclusão publicações de 2008 a 2012 e publicados na íntegra. RESULTADOS: A dengue apresenta grandes impactos para a saúde pública, tendo em vista sua repercussão relacionada à morbi-mortalidade na população mundial e brasileira. Diversos são os esforços em nosso país a cerca de tentar-se conter as epidemias de dengue, tendo em vista sua sazonalidade, contudo essas políticas esbarram sempre na falta de colaboração da população para diminuir ambientes favoráveis a proliferação do mosquito vetor da dengue (Aedes aegypti), estando, portanto, a ocorrência da doença relacionada a grandes centros urbanos, em sua maioria, na periferia e de crescimento não planejado. CONCLUSÃO: Torna-se necessário intensificar a organização e qualificação dos serviços em todos os níveis da atenção, de modo a oferecer atendimento adequado e oportuno à população, buscando diminuir os riscos à saúde relacionados a este gravo. Pois a quase totalidade dos óbitos por dengue é evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e da organização da rede de serviços de saúde. Bem como buscar o fortalecimento de estratégias de educação em saúde.