A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as crianças sejam amamentadas exclusivamente por seis meses, devendo continuar a receber o leite materno até no mínimo os dois anos de idade (UNICEF, 2011). É necessária uma comunicação simples e objetiva durante a orientação, o incentivo e o apoio ao aleitamento materno, demonstrando diversas posições, promovendo relaxamento e posicionamento confortável, explicando a fonte dos reflexos da criança e mostrando como isso pode ser usado para ajudar na sucção do recém-nascido (ISSLER et al., 2008). Com base nesses pressupostos, admite-se a necessidade de investimentos nas estratégias de cuidar, destaque seja dado às ações de educação em saúde, com vistas à promoção do aleitamento materno exclusivo. O presente estudo teve como objetivo avaliar o significado atribuído às ações educativas na promoção do aleitamento materno na visão de usuárias de um serviço obstétrico. Realizou-se um estudo de caso, com abordagem e avaliação qualitativas, no alojamento conjunto da maternidade de uma instituição hospitalar, da cidade de Crato, Ceará. A coleta de dados aconteceu no mês de dezembro de 2011 e empregou-se para a realização da mesma a entrevista semi-estruturada com 14 puérperas, tendo sido analisado por meio da técnica de Análise temática ou categorial. A pesquisa obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Regional do Cariri – URCA, cumprindo as exigências formais da Resolução 196/96, do CNS/MS, que dispõe sobre pesquisas que envolvem seres humanos. Foram identificados núcleos temáticos, surgindo as seguintes categorias: Percepção das usuárias sobre as ações de Educação em Saúde; Participação das usuárias sobre as ações de Educação em Saúde; Orientações fornecidas durante as atividades educativas e as Estratégias usadas nas atividades de Educação em Saúde: Qual a opinião das usuárias? Diante da análise dos dados percebemos que os objetivos do estudo foram atingidos e conseguimos resultados positivos frente às ações desenvolvidas. Por outro lado, o estudo nos revela que a educação em saúde para apoio e incentivo ao aleitamento materno, bem como para os cuidados com o recém-nascido, ainda encontra-se deficiente nos serviços de saúde, tanto da atenção básica como da atenção terciária. Assim, faz-se necessário sensibilizar e educar permanentemente os profissionais de saúde em relação ao aleitamento materno, para que se efetivem as ações de promoção, proteção e apoio a esta prática social.