Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL DA MORTALIDADE NEONATAL NO ESTADO DA PARAÍBA
Relatoria:
TAMYRIS GOMES MAIA
Autores:
- Maria da Conceição da Silva
- Katiane Macêdo Duarte
- Rubens Félix de Lima
- Claudia Maria Fernandes
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A mortalidade neonatal refere-se aos óbitos de neonatos até o 28º dia após o nascimento, estando dividida em precoce (menores de sete dias de vida) e tardia (do 7º ao 28º dia), dessa forma, está relacionada aos fatores biológicos, socioeconômicos e assistenciais, envolvendo a assistência no pré-natal, parto e ao recém-nascido (RN). Os óbitos neonatais representam a maior parcela da mortalidade infantil, podendo ser evitáveis e passíveis de intervenção, através da melhoria na qualidade do cuidado prestado nos serviços de saúde. Objetivo: Caracterizar o perfil da mortalidade neonatal no estado da Paraíba. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo corte transversal retrospectivo, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) durante o mês de Maio de 2012. Foram considerados os óbitos de neonatos no estado da Paraíba ocorridos entre os anos de 2008 e 2011 Resultados: Quanto aos óbitos neonatais em 2008, os dados apontam para 361 (74%) de óbito neonatal precoce e 130 (26%) de óbito neonatal tardio. Em 2009 houve uma pequena redução no percentual aparecendo com 318(73%) neonatal precoce e 123(27%) neonatal tardio; No ano 2010, o SIM notificou 311 (74%) óbitos neonatal precoce e 109 (26%) óbitos neonatal tardio. Com ênfase ao ano 2011, ocorreram inversão significativa nessa faixa etária ficando 264 (51%) óbitos neonatal precoce e 127 (49%) óbitos neonatal tardio. Quanto as causas dos óbitos neonatais, há uma média de 61% por causas referentes à atenção ao recém nascido, seguida de assistência durante o parto (17%), por ações de diagnóstico e tratamento inadequados (10%), atenção prestada durante a gestação (6%) e ações de promoção a saúde (6%). Conclusão: Os dados apontam que no estado da Paraíba a maioria dos óbitos neonatal foi de RN na primeira semana de vida e por causas evitáveis, com exceção ao ano de 2011 em que há um maior percentual de neonatos tardios. A redução da mortalidade infantil é um desafio para os serviços de saúde, de forma que, reflete no país pelas desigualdades sociais e regionais. Nesta perspectiva, o estado paraibano vem diminuindo paulatinamente nos últimos quatro anos os óbitos infantis, embora não haja alteração quanto as causas dos óbitos, que poderiam ser evitados pela qualidade da assistência prestada durante o pré natal, na sala de parto, como também, ações de promoção e proteção ao binômio mãe e filho.