Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
A MÃO QUE AFAGA É A MESMA QUE APEDREJA: A VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR VIA OLHAR DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Relatoria:
SILVANE DOS SANTOS MATIAS
Autores:
- ELLANY GURGEL COSME DO NASCIMENTO
- ANDREZZA KARINE ARAÚJO DE MEDEIROS PEREIRA
- ANA PAULA LEITE DE OLIVEIRA
- MARIA GILMA FERREIRA ROCHA
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Violência intrafamiliar é um fenômeno cultural, que perpassa por várias gerações e ultrapassa fronteiras. É um tema delicado que a cada dia se perpetua nos lares de inúmeras famílias, conquanto desafiador uma vez que suscita desarranjos familiares, tendo em vista a complexidade que o ato apresenta. É um tema desafiador para os profissionais das Estratégias Saúde da Família, tendo em vista a gravidade com a qual essa violência se apresenta como também muitas vezes é vista como um ato camuflado e silenciado pela própria família. É uma questão de saúde pública. Crianças e adolescentes vítimas de violência estão expostas a diferentes riscos que comprometem sua saúde física, emocional e mental. OBJETIVOS: analisar as compreensões dos profissionais da Estratégia Saúde da Família no município de Pau dos Ferros/RN sobre a violência Intrafamiliar contra crianças e adolescentes; verificar se existem ações nas Estratégias Saúde da Família que são destinadas à identificação e à prevenção da violência intrafamiliar. METODOLOGIA: utilizou-se a pesquisa qualitativa, com caráter descritivo-exploratório, através de entrevista semiestruturada com perguntas abertas, cujos dados foram analisados sob a ótica da Análise de Conteúdo. RESULTADOS: Evidenciou-se que os profissionais têm um conhecimento sobre a significação da Violência Intrafamiliar, no entanto, constata-se que estes necessitam refletir e entender a violência em um contexto mais amplo, onde as consequências desta modificam a vida e saúde das vítimas. Entretanto alguns profissionais avançam no sentido de não expor às crianças vítimas de violência ao conhecimento de toda a sociedade, uma vez que não acham certo ter que rotular ou formar grupos de crianças que foram ou são vítimas da violência intrafamiliar. CONCLUSÕES: necessário se faz que os profissionais concretizem a notificação, uma vez que esta não é um favor que fazem às vítimas, mas um dever de cada cidadão. Observaram-se também barreiras sociais e individuas que foram expostas via exposição dos profissionais, haja vista ser um tema que adentra o espaço familiar e “mexe” com questões de cunho íntimo e pessoal. Enfim, a violência, qualquer que seja ela se instaura e perpassa por diversos contextos sociais. Violência intrafamiliar não é utopia, é realidade pura.