A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um conjunto de elementos funcionais agrupados que se destina a cuidar de casos graves, que carecem de assistência contínua, além de equipamentos e recursos humanos especializados. O trabalho na UTI é complexo e requer uma equipe de enfermagem capacitada, que saiba lidar com situações distintas, necessitando primordialmente de habilidade para tomar decisões e implementá-las em tempo hábil. Assim, é fato que os enfermeiros estão expostos aos riscos ocupacionais, intrínsecos a este ambiente de trabalho. O presente estudo teve como objetivo investigar os riscos ocupacionais aos qual a enfermagem está exposta na UTI. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, desenvolvida nos meses de abril e maio de 2012, utilizando-se da análise de publicações científicas a partir de artigos disponibilizados em bases de dados indexadas (LILACS, BIREME e SCIELO). A atuação dos trabalhadores no espaço hospitalar é vista como uma atividade de risco, em virtude do exercício de suas funções num ambiente insalubre, o qual agrupa pacientes portadores de diversas enfermidades. A equipe de enfermagem está exposta a inúmeros riscos, os quais podem ocasionar doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. Verificou-se a presença de riscos químicos, como o manuseio de gases e vapores anestésicos, antissépticos e esterilizantes, drogas citostáticas, etc.; quanto aos riscos físicos têm-se a temperatura ambiental; os riscos psicossociais referem-se a vivenciar o sofrimento de pacientes e familiares, com a dor e a morte, a sobrecarga de trabalho e o rodízio de turno dos plantões; dentre os riscos mecânicos estão às lesões causadas pela manipulação de objetos perfuro-cortantes e as quedas; por fim, os riscos biológicos são representados pelo contato frequente com vírus, bactérias, entre outros microorganismos. É imprescindível suscitar a equipe de enfermagem à conhecer sobre sua saúde no ambiente de trabalho e os respectivos riscos referentes às suas atividades. Para tanto, é necessário repensar o processo de trabalho da enfermagem, promovendo uma autorreflexão e, assim, gerar o compromisso tanto da gestão quanto dos próprios profissionais da UTI em transformar esse âmbito laboral o mais salubre possível.