A insuficiência renal crônica (IRC) é uma síndrome clínica causada pela perda progressiva e irreversível das funções renais, resultando em uremia. É uma doença com vários efeitos na vida do paciente e de difícil tratamento, com sérias implicações físicas, psicológicas e sócio-econômicas não apenas para o indivíduo, mas também para a família. O enfermeiro, nesse processo é um agente de mudanças e através das atividades de enfermagem visa encontrar relações entre o homem e o ambiente. A utilização da sistematização da assistência de enfermagem (SAE) é um dos meios usados para aplicar os conhecimentos na assistência ao paciente e caracterizar sua prática profissional, assim tornando possível a operacionalização do Processo de Enfermagem (PE), este que é dividido em cinco fases: coleta de dados, diagnóstico, plano de ação, evolução e implementação. O uso do processo de enfermagem como método científico na execução das ações de enfermeiro é imprescindível para se atingir a autonomia profissional. Diante do exposto, este estudo tem a finalidade descrever a experiência de uma assistência de enfermagem implantada através do PE proposto pela teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta e os Diagnósticos de Enfermagem da taxonomia da NANDA II, a Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) e Classificação dos Resultados Esperados (NOC). Trata-se de um relato de experiência decorrente da prática da disciplina Atenção Integral à Saúde II, gerada pelo currículo da graduação de enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Seguindo o PE sugerido por Horta, a assistência foi iniciada com a elaboração do histórico de enfermagem a partir da anamnese e exame físico. Com maior conhecimento acerca da situação da paciente, seguimos para a elaboração dos diagnósticos de enfermagem, partindo das necessidades que carecem de intervenção. Ao concluirmos o período de estágio e com a finalização do estudo de caso, o grupo ampliou seu conhecimento na área da Nefrologia, com o enfoque na importância das terapias substitutivas para tratamento renal, permitindo que a teoria fosse entendida mais claramente com a possibilidade de lidar diretamente com o paciente. A experiência permitiu entender que o trabalho humanizado feito pelo enfermeiro favorece uma melhor adesão ao tratamento pelo paciente, já que o processo de cuidar baseado na utilização da sistematização da assistência de enfermagem torna a relação profissional/paciente mais completa.