Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM HANSENÍASE EM SANTA INÊS-MA, NO PERÍODO DE 2005 A 2009
Relatoria:
PRISCYLA LAYSS GOMES TEIXEIRA
Autores:
- ROSÂNGELA NUNES ALMEIDA DA SILVA
- ANDREIA NUNES ALMEIDA OLIVEIRA
- GABRIEL FERNANDO OLIVEIRA FERREIRA
- MICAELY NERVAL GONÇALVES
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Vulnerabilidade social
Tipo:
Monografia
Resumo:
A hanseníase apresenta-se como relevante problema de saúde pública, é uma doença de notificação compulsória em todo território nacional. O Brasil é considerado o segundo país no número de casos novos no mundo, respondendo em 2008 por 15% da detecção mundial. Pode atingir pessoas de todas as idades, ambos os sexos e raça, manifestando-se através dos sinais e sintomas dermato- neurológicos. Em Santa Inês/MA tem incidência de 10,6 casos por 10.000 habitantes, apresentando elevado coeficiente, uma vez que o Ministério da Saúde preconizou para todo o território nacional como meta de eliminação e controle da doença o registro de 1 caso para 10.000 habitantes. O conhecimento do perfil dos pacientes é uma importante ferramenta para o controle dessa endemia. Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, com abordagem quantitativa, com o objetivo de identificar o perfil dos pacientes diagnosticados com hanseníase no município de Santa Inês/MA, no período de 2005 a 2009. Foram analisados dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação fornecidos pela Unidade Regional de Saúde de Santa Inês referente à faixa etária, sexo, raça/cor, escolaridade, zona, forma clínica, classificação operacional, avaliação do grau de incapacidade física no diagnóstico, modo de entrada, modo de detecção do caso novo, exame de baciloscopia, esquema terapêutico inicial. Em Santa Inês/MA foram diagnosticados no período de 2005 a 2009, 612 casos de hanseníase. Com base nos dados obtidos, constatou-se que o perfil das pessoas acometidas pela doença tem como predomínio a faixa etária de 15 anos e mais (86%), gênero masculino (53,3%), raça parda (72%), escolaridade de 1ª a 4ª série incompleta do ensino fundamental (23,7%), residência urbana (82,8%). Em relação à forma clínica prevaleceu a dimorfa (47,9%), na classificação operacional os multicibacilares (67,7%) e no modo de entrada, os casos novos (82,8%). Dentre os fatores analisados, a predominância da forma multibacilar aponta para a elevada circulação do bacilo na comunidade, sendo fonte de infecção e manutenção da cadeia epidemiológica da doença, reforçando a necessidade de intensificação das ações de prevenção e controle da hanseníase.