A violência contra a mulher é um problema crescente de cunho social e de saúde que abrange quase toda a sociedade, mais que em geral não são reconhecidos e nem relatados Objetivou-se dessa forma identificar a incidência de violência contra a mulher no município de Taperoá-PB no período de janeiro de 2007 a junho de 2010. A amostra constituiu-se de 12 fichas de mulheres que sofreram agressão e prestaram queixa na Delegacia. O perfil da mulher agredida em sua maioria são mulheres em idade reprodutiva (18 a 40 anos), solteiras (67%), pardas (100%), sem remuneração (50%), a maioria delas alfabetizadas, não possuem deficiência física, possuem relação sexual apenas com homem e são residentes da Zona Urbana do município. A maior parte da agressão ocorre na residência da pessoa agredida. Os agressores são amantes, companheiros, sogros e a grande maioria são companheiros (50%). A agressão caracterizou-se em agressão física e psicológica, tendo 58% das mulheres sofrido agressão física (socos, tapas e espancamentos) 8% instrumento perfuro-cortante, 8% homicídio e 8% garrafadas e apenas 8% receberam violência psicológica (ameaças). Um dado preocupante na pesquisa é que apesar do pequeno tamanho da amostra foi registrado um caso de violência extrema que é o homicídio. A pesquisa possui algumas limitações que devem ser mencionadas: as fichas da delegacia não dispõem de muitos indicadores que auxiliem a identificação da agressão, alguns itens da ficha não foram preenchidos o que pode ter ocorrido algum constrangimento por parte das mulheres fazendo com que elas omitissem alguma informação e os dados da OMS (2008) que mostram que para cada mulher que denunciam três se calam. Assim, os dados desta pesquisa não podem ser generalizados para toda a população de Taperoá, e deixa apenas a idéia da gravidade, complexidade e importância do tema para o Município, Estado e País, já que o levantamento bibliográfico apresentou um pequeno número de trabalhos realizados em Delegacias que pudessem ser utilizado para comparação com a pesquisa. Com o estudo observa-se que a violência contra a mulher é sim um problema de saúde pública sendo necessário que estudantes e profissionais da área da saúde sejam capacitados, já que, a maioria das mulheres sofrem violência recorrem aos serviços de saúde, problemas de saúde resultado de longos períodos de exposição a violência dentro de suas casas.