A permanência em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) é vista como um período estressante tanto para o cliente quanto para a sua família. Por vezes o cliente se vê indefeso, em risco de morte e totalmente dependente do cuidado dos profissionais. O enfermeiro é o profissional que está em contato íntimo tanto com o cliente quando com a sua família, e é dele o papel de fazer esta ligação. Ele deve optar pelo cuidado e não somente pela cura, prover ao cliente o bem-estar e a harmonia do local; aliar as técnicas e procedimentos à tentativa de preservar a vida. O cuidado transcede a função e a disfunção biológica, vai além do órgão comprometido. A partir dessa percepção surgiu o interesse em conhecer e analisar a questão da relação da equipe de enfermagem e a família do cliente numa UTI adulto. O objetivo deste trabalho foi compreender a relação enfermeiro-família numa UTI adulto. A metodologia parte de uma revisão bibliográfica de 09 artigos, encontrados nas bases de dados Scielo e Lilacs, num estudo qualitativo e descritivo. Quanto aos resultados, a revisão evidenciou de forma unânime os sentimentos dos familiares, como o medo da morte, a insegurança, a ansiedade, a dor, a angústia e a tristeza; demonstrando assim que o profissional enfermeiro tem o papel de prestar a assistência tanto pro paciente quanto ao seu familiar, disponibilizando carinho, informações claras e objetivas, atenção e apoio numa assistência humanizada. Dessa forma conclui-se que a relação familar-enfermeiro é indispensável para o sucesso do trabalho desenvolvido numa Unidade de Terapia Intensiva, utilizando o diálogo como ferramenta para formação de vínculo e desenvolvimento da esperança, alívio e conforto.