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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA E ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE
Relatoria:
CAROLINE DE FARIAS CHARAMBA
Autores:
  • Oriana Deyze Correia Piava Leadebal
  • Laysa Bianca Gomes de Lima
  • Louandrys Montenegro Vieira
  • Andrea de Farias Charamba
Modalidade:
Pôster
Área:
Vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A análise da vulnerabilidade ao adoecimento considera aspectos relacionados ao indivíduo e grupo social ao qual pertence, sendo influenciada por crise econômica, nível educacional e dimensão geográfica.OBJETIVO: Partindo da ideia de que a qualidade de saúde está diretamente ligada com as condições de vida das pessoas e sofre influência das políticas sociais e econômicas adotadas, esse estudo tem como objetivo conhecer como se dá o processo de adoecimento dos moradores de rua e o acesso aos serviços de saúde.METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão na literatura científica dos últimos treze anos, realizada na Biblioteca Virtual de Saúde utilizando-se da combinação dos descritores, acesso aos serviços de saúde, vulnerabilidade e pessoas sem teto; além dos seguintes critérios de inclusão estabelecidos para a seleção dos artigos: disponibilidade de artigo na íntegra, publicados em português, com ano de publicação de 1998 a 2011, que resultaram na seleção de cinco artigos.DESENVOLVIMENTO: O sistema único de saúde veio para garantir o acesso universal, igualitário e integral para população aos serviços de saúde.Pelo fato dos moradores de rua serem vítimas do estigma de serem drogados, criminosos, sujos, eles acabam sendo excluídos da implementação de políticas públicas, inclusive as de saúde, o que acaba comprometendo a qualidade de vida deles, pois o processo saúde-doença contém determinantes fortes que levam ao adoecimento, como dormir no chão, compartilhar lugares, casacos e papelões, ficar muito tempo sem realizar a higiene pessoal, alimentação inadequada, susceptibilidade as alterações climáticas, medo de roubos e agressões.Em relação às dificuldades de acesso aos serviços, observa-se na literatura o despreparo e discriminação por parte dos profissionais de saúde, a demora no atendimento e a internação hospitalar é dificultada por não haver uma pessoa próxima que se responsabilize.CONCLUSÃO: Pensar em promover saúde pautada no conceito de vulnerabilidade pode instigar mais investimentos em práticas de saúde coletiva, atentando que o cuidado às pessoas é de responsabilidade dos vários setores da sociedade, que demonstram não estar preparados para atender essa parcela da população por colocar obstáculos burocráticos que dificultam a execução do cuidado.O serviço tem que se preparar para dar respostas diferenciadas à população, deve identificar os grupos vulneráveis e organizar a atenção na perspectiva da equidade do acesso.