Introdução: As Investigações epidemiológicas mais recentes mostram que a prevalência da doença celíaca (DC) na população geral é muito maior do que se imaginava, estando de 1:273 a 1:1.000 indivíduos brasileiros, por isso observou-se a necessidade de fazer esse trabalho para conhece-se quais são e como ocorre o processo de diagnostico. A DC é uma enteropatia inflamatória crônica induzida em pessoas geneticamente susceptíveis a terem intolerância à prolamina, peptídeo que compõe o glúten de proteínas do trigo, centeio, cevada, cereais e malte.. A apresentação clássica manifesta-se com diarréia crônica, distensão abdominal, dor abdominal, déficit de crescimento, vômitos, perda de peso, irritabilidade e falta de apetite. O tratamento baseia-se na dieta isenta de glúten. Objetivo: Analisar as produções de artigos nacionais, acerca da temática com o intuito de esclarecer como ocorre o processo de diagnostico dessa patologia. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica descritiva, realizada junto a artigos e periódicos, publicados no período de 2006 a 2012, no banco de dados da BVS e Scielo, utilizando apenas textos completos. Resultado: Com base nos artigos pode-se concluir que a DC pode levar anos para ser diagnosticada e é feito com apoio em um tripé: Avaliação Clínica, Sorologia e Biopsia Duodenal. A avaliação clínica serve para fazer o diagnostico diferencial com outras doenças com base nos sinais e sintomas, caso a mesma tenha indícios de DC realiza-se o exame de sorologia, que dividi-se em dois tipos principais: o anticorpo antiendomísio e o anticorpo antitransglutaminase tecidual, pois são sensíveis e específicos para o diagnóstico inicial dessa patologia. O anticorpo anti-endomísio avalia a presença de anticorpos da classe IgA dirigidos contra o endomísio e o exame do anticorpo antitransglutaminase tecidual é realizado através da técnica de ELISA. O exame sorológico só pode ser realizado antes de inicia-se o tratamento, pois a dieta isenta de glúten pode dar um falso-positivo. O exame confirmatório é a biopsia duodenal, por isso ainda é considerada o padrão-ouro do diagnóstico, já que pela mesma pode-se observar o atrofiamento e achatamento das vilosidades na mucosa do intestino delgado. Conclusão: Percebe-se que, tem-se aumentado os casos de doença celíaca na sociedade pelos avanços ocorrido nas formas em diagnosticá-la. Ainda assim, cerca de 10% dos casos, há dificuldade por achados discordantes entre sorologia, clínica e histologia.