INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é definida como uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). A incidência de HAS vem crescendo bastante devido ao estilo de vida da população, e isso é percebido, cada vez mais, entre os adultos jovens que estão mais predispostos aos fatores de risco dessa doença, dentre os quais se destacam os hábitos alimentares inadequados e o sedentarismo. OBJETIVO: Investigar hábitos alimentares e prática de atividade física em universitários piauienses. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo analítico transversal, realizado no período de agosto de 2010 a junho de 2011. A população foi composta por 2709 acadêmicos, sendo a amostra de 240 alunos. Os dados coletados foram digitados e analisados no programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 17.0. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com protocolo nº: 0413.0.045.000-10. RESULTADOS: No que diz respeito aos hábitos alimentares inadequados, fator de risco importante na gênese da HAS, 126(52,5%) dos estudantes entrevistados disseram consumir fontes industrializadas de sal, 19(7,9%) referiram não fazê-lo e 95(39,6%) relataram às vezes. O consumo de frituras foi outro item questionado durante a entrevista e 192(80%) pessoas relataram ingerir. Ficou constatado também nesta pesquisa que 82(34,2%) dos estudantes realizavam alguma atividade física e a maior parcela 158(65,8%) negou esta prática. Quando questionados sobre o consumo de bebidas alcóolicas, 130(54,2%) referiram não ingerir, por outro lado, 109(45,4%) relataram o seu consumo. CONCLUSÃO: A partir dos dados analisados, pôde-se perceber no grupo jovem estudado hábitos alimentares inadequados e sedentarismo, o que evidenciam a importância de mais estudos sobre esta temática, já que a hipertensão é uma doença que pode trazer sérias consequências cardiovasculares. E espera-se com isso, a promoção de medidas que visem a população, especialmente os adultos jovens, a adotarem hábitos de vida mais saudáveis e que estimulem o conhecimento para a detecção precoce desses fatores de risco.