Os Acidentes de Trabalho (AT) constituem um relevante problema de saúde pública em todo o mundo, haja vista, serem potencialmente fatais, incapacitantes e acometerem, especialmente, pessoas jovens e em idade produtiva, acarretando graves consequências sociais e econômicas. O alto índice de AT no contexto da construção civil instigou o aprofundamento e anseio de produzir um olhar atualizado acerca do tema. A pesquisa possui como objetivo desenvolver uma revisão de literatura científica brasileira acerca da prevenção contra acidentes de trabalho no contexto da construção civil, no período de publicação compreendido entre 2000 e 2010. Trata-se de um estudo exploratório, retrospectiva, de cunho descritivo, do tipo revisão bibliográfica, com abordagem quantitativa, desenvolvido mediante bases científicas nos acervos disponíveis em bibliotecas, livros, artigos e bancos de dados da internet. Optou-se por uma triagem de 12 artigos científicos publicados entre os anos 2000 e 2010. Os principais resultados do estudo revelam que, dentre os artigos selecionados, 5 (42%) foram publicados no período de 2003 a 2007, 4 (33%) de 2007 a 2010 e 3 (25%) de 2000 a 2003. Quanto aos tipos de amostras, 53% (8) foram trabalhadores da Construção Civil, 27% (4) CAT, 13% (2) literatura científica e 13% (1) prontuários hospitalares. A abordagem mais utilizada foi à quantitativa com 58% (7). A grande maioria de 50% (6) apresentava três ou mais autores com categoria profissional prevalente de graduandos com 12 (37%) artigos publicados. Dentre os periódicos em que a amostra foi publicada, as universidades e Faculdades apresentaram destaque com 6 (55%) artigos. Quanto à categorização de temas, 50% (6) tratam de AT, 25% (3) de prevenção contra AT na ICC, 17% (2) de Segurança na Construção Civil e 8% (1) de Doenças Profissionais na Construção Civil. Por conseguinte, é possível constatar que a prevenção é a melhor maneira de evitar que uma AT ocorra, por isso é importante criar uma mentalidade preventiva tanto nos empregados quanto nos empregadores. Portanto, conclui-se que fica evidente a urgência de fiscalizações mais ativas que vise o cumprimento das leis que oferecem proteção à saúde e integridade do trabalhador. Programas preventivos que pleiteiem a conscientização concernente à aquisição e uso do EPI também são de indispensável importância. Por fim, espera-se que essa pesquisa sirva de experiência e estímulo para novas produções científicas acerca do tema.