No passado as responsabilidades da mulher eram voltadas as atividades domésticas e a reputação da família, no entanto, tem-se percebido que esta se encontra sobrecarregada de atribuições, pois as conquistas que alcançaram não retiraram as responsabilidades pertinentes ao âmbito doméstico. Diante de tais afirmações este trabalho teve por objetivo averiguar se a carga de trabalho tem trazido mudanças no cotidiano de profissionais docentes. Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória com abordagem qualitativa, desenvolvida em um centro de ensino superior no período de setembro a outubro de 2010, a amostra foi constituída por 13 docentes dos cursos de saúde da instituição sendo selecionadas de forma aleatória e não probabilística, os dados foram coletados por meio de entrevista semi-estruturada através de gravação de voz. Os resultados foram analisados através da análise de conteúdo proposta por Bardin. A pesquisa só foi operacionalizada após anuência do Comitê de ética seguindo as diretrizes emanadas na resolução 196/96. No que se refere à categorização da amostra percebemos que todas apresentam no mínimo pós-graduação, a maioria é casada, enfermeiras, com renda superior a cinco salários mínimos, com mais de 12 anos de profissão. Após análise do material coletado foi averiguado que houve sobrecarga de trabalho que acabou levando a algumas negligências pessoais. Dessa forma, e entendendo a importância do exercício de cada uma dessas atividades propomos que as docentes sintam-se sensibilizadas com os resultados desse estudo e reorganizem melhor o seu tempo para que consigam realizar de forma satisfatória suas responsabilidades e também destinem tempo para o cuidado com o seu corpo.