Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
SENTIMENTOS DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DIANTE DA TERMINALIDADE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Relatoria:
CECÍLIA NOGUEIRA VALENÇA
Autores:
- GLEYCE ANY FREIRE DE LIMA
Modalidade:
Pôster
Área:
Ética e legislação em enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Na unidade de terapia intensiva (UTI) e nos setores de urgência e emergência, na maioria dos hospitais, os pacientes críticos podem ser tratados de acordo com o conhecimento especializado. A discussão entre os profissionais de enfermagem sobre o momento de terminalidade permite uma reflexão sobre a forma na qual o cuidado é oferecido adotando uma abordagem humanista, voltada para os cuidados paliativos ao indivíduo fora de possibilidades terapêuticas. Objetivo: discutir os sentimentos de profissionais de enfermagem diante da terminalidade na UTI. Metodologia: estudo de natureza qualitativa e de abordagem descritivo-exploratória com os profissionais da enfermagem do Hospital Regional do Seridó, localizado em Caicó/RN. Foram entrevistados 18 membros da equipe de enfermagem que atuam nos setores de UTI e urgência e emergência, com um roteiro semiestruturado. As entrevistas forma gravadas e transcritas para serem analisadas com o emprego da técnica da análise de conteúdo temática. Aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte CEP/UERN, sob número de protocolo nº. 039/11 e CAAE 0035.0.428.000-11. Resultados: A morte provoca diversos sentimentos nos profissionais de enfermagem entrevistados constituindo-se num complexo processo. Os relatos remetem sempre ao sentimento de tristeza. Ao vivenciar uma experiência com o processo morrer, a equipe de enfermagem transparece o interesse primordial em oferecer cuidado para salvar a vida, pois deposita todas as suas esperanças na recuperação. No encontro entre profissional e paciente, também surgem sentimentos frente à terminalidade como angústia, perda, impotência por não salvar a vida, e alívio, quando a morte do paciente é sofrida e prolongada. Em alguns casos, o profissional se vê obrigado a esconder o sentimento que lhe enche, seja de tristeza, seja o próprio luto que vivencia no momento de morte, porém esconde as lágrimas dos familiares, acreditando que essa postura dar força a família. No entanto, é obrigado a aprisionar uma dor interna que não se exterioriza, além disso, o constrangimento diante da família, por se sentir ilimitado em não ter conseguido salvar o paciente. Conclusão: A partir da discussão dos sentimentos de profissionais de enfermagem diante da terminalidade na UTI, foi possível perceber que os sentimentos não atrapalham os procedimentos ao paciente fora de possibilidades terapêuticas, mas permitem uma assistência humanizada.