INTRODUÇÃO: As endocrinopatias, como o diabetes mellitus tipo 2, por suas altas taxas de prevalência e dificuldades de automanejo na população configuram-se como um desafio para os profissionais de saúde. É fundamental conhecer os aspectos relacionados à pratica do autocuidado para equipe de saúde proporcionar um cuidado com êxito e eficácia para adesão ao tratamento do diabetes mellitus. OBJETIVOS: Investigar o conhecimento sobre as complicações e cuidados gerais do diabetes mellitus no município de Picos-PI e oferecer suporte para equipe de saúde desempenhar o papel multiplicador de informações acerca da doença. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo do tipo descritivo-exploratório com abordagem quantitativa desenvolvido nos domicílios de portadores de diabetes mellitus tipo 2 cadastrados em duas Unidades de Saúde da Família, no período de agosto e setembro de 2010. A população de estudo contituiu-se de 146 diabéticos, sendo que 44 não atenderam aos critérios de inclusão. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, conforme os princípios éticos e legais. Aplicou-se um formulário contendo variáveis referentes ao conhecimento sobre as complicações, tratamento e cuidado com pés. Os dados foram tabulados no programa estatístico SPSS versão 17.0 para o tratamento dos dados, sendo a análise efetuada por meio de estatística descritiva. RESULTADOS: Com relação ao valor normal da glicose sanguínea, dos 102 diabéticos entrevistados, 50% responderam o valor entre 90-130mg/dl. Sobre os cuidados que se deve ter quando houver hipoglicemia, 57,8% não soube responder e apenas 38,2% responderam “comer algo doce”. Quanto à utilização da medicação, 50% da amostra responderam saber utilizar parcialmente e grande parcela dos participantes 93,1% não carrega algo doce na bolsa. No que se refere aos cuidados adequados com os pés dos diabéticos, 64,7% dos participantes relataram fazer higiene dos pés e apenas 21,5% utilizam água morna e sabonete neutro. CONCLUSÃO: Os resultados do estudo mostraram fragilidade do conhecimento sobre diabetes tipo 2, entre os participantes, o que pode estar relacionado com a idade, escolaridade e ao sistema de saúde, dificultando o acesso às informações fundamentais. É preciso compreender que o conhecimento do paciente diabético, acerca de sua doença é a base do cuidado para se conseguir o automanejo do diabetes.