INTRODUÇÃO: O climatério é considerado a fase de vida da mulher que começa aos qua-renta anos e termina aos sessenta e cinco anos de idade. Caracteriza-se por alterações endócrinas, somáticas e psí¬quicas que são na maioria das vezes entendidas como doenças por parte dessas mulheres, devido à falta de informação sobre o processo normal que tende a ocorrer com o próprio corpo durante esse período. Além disso, a visão social estereotipada sobre o papel da mulher (esposa e mãe) pode intervir negativamente na visão desse grupo sobre si mesmo e no seu relacionamento com as pessoas. Verifica-se que a vivência desse ciclo ocasiona reações variadas de mulher para mulher, afetando o seu equilíbrio físico, social, espiritual e emocional. OBJETIVO: Refletir acerca da vivência das mulheres na fase do climatério, com base nas publicações científicas. METODOLOGIA: Estudo reflexivo, realizado no mês de junho de 2012, mediante leituras de publicações contidas na base de dados SciELO, utilizando-se os descritores climatério e mulher, sem limite de ano, incluindo na amostra artigos originais e teses. A mesma totalizou 48 publicações, sendo excluídas 38 por não se adequarem ao tema e/ou foram publicadas em língua estrangeira. Ao final, a amostra contabilizou 10 estudos. RESULTADOS: Apontaram que muitos aspectos (ansiedade, falta de diálogo, insônia, irritabilidade, impaciência, alterações biológicas) contribuem para que a fase do climatério seja vivida de modo conflituoso. Constatou-se que a experiência do climatério pode ser entendida pela mulher como um momento de perda, como por exemplo, perda da jovialidade, improdutividade e fim da sexualidade. O viver das mulheres no período do climatério mostrou-se como um processo complexo, dinâmico, paradoxal, em que o envelhecimento e a possibilidade de adoecer colocam-se como desafios maiores e os avanços nas perspectivas pessoais, culturais e sociais, como conquistas especiais. Percebeu-se que muitas vezes, as mulheres que se encontram no climatério utilizam estratégias para vivenciar melhor esse momento, sendo o entretenimento a principal. CONCLUSÃO: É preciso criar e praticar políticas públicas responsáveis e humanizadoras relacionadas à saúde da mulher, de forma integral em todas as fases do seu processo de viver. Nesse sentido, é imprescindível que as mulheres tenham acesso à informação em saúde para a compreensão das mudanças do período de climatério, contemplando e considerando tal fase como integrante de seu ciclo vital.