A depressão pós-parto (DPP) é uma condição que afeta 10% a 15% das mulheres no pós-parto. Geralmente se manifesta por um conjunto de sintomas como irritabilidade, choro frequente, sentimentos de desamparo e desesperança, falta de energia e motivação, desinteresse sexual, transtornos alimentares e do sono, ansiedade, sentimentos de incapacidade de lidar com novas solicitações. Deste modo, este trabalho objetiva realizar uma revisão sistemática dos estudos sobre os fatores de riscos para depressão pós-parto. A pesquisa foi realizada através da busca e seleção da literatura que se baseou em artigos publicados em periódicos nacionais, nas bases de dados eletrônicas Lilacs, Scielo, através da pesquisa bibliográfica tomou-se conhecimento de artigos como o que foi realizado em Pelotas-RS, onde os resultados apontaram para um aumento na chance de ocorrência de depressão pós-parto quando a mãe apresenta uma renda salarial insatisfatória, demonstrando que as puérperas com renda familiar de até um salário mínimo tiveram maior chance de depressão. Outrora parece que a rejeição a maternidade entendida por cogitar em não ter o filho é um fator que também aumenta a chance para a depressão. Outros estudos abordaram o grau de escolaridade, número de gestações e gravidez não planejada como fatores de risco para a depressão pós-parto. Já em uma análise realizada em 2007 na cidade de São Paulo foi observada associação significante entre a violência doméstica ocorrida após os 15 anos de idade e o risco de depressão. Por tudo isso, os estudos revisados indicam que a depressão pós-parto, possui fatores predisponentes que atingem um significativo número de mulheres no pós-parto, podendo-se ultimar que a detecção precoce dos fatores de risco envolvidos na depressão pós-parto, realizada mediante o acompanhamento das gestantes, seja uma realização importante para a prevenção da DPP e das repercussões na interação mãe-filho.