Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
RELATO DE EXPERIÊNCIA NO SERVIÇO AMBULATORIAL ESPECIALIZADO (SAE) DE CAUCAIA - CE: AVANÇOS E DESAFIOS
Relatoria:
FAGNER LIBERATO LOPES
Autores:
- MONALISA ABRANTE MARIANO COSTA
- JOSE MACIEL ANDRADE
- ALEXANDRE AUGUSTO DA SILVA
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
O município de Caucaia faz parte da região metropolitana de Fortaleza, capital do estado do Ceará. Possui uma área territorial de 1.227,90 km2 e uma população de 325.441 habitantes. O SAE foi implantado no município em 2009 com a missão de promover qualidade de vida às pessoas portadoras do HIV/Aids, uma doença emergente, grave, de comportamento pandêmico, considerada um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Em Caucaia, no período de 1983 a 2010 foram diagnosticados 405 casos de Aids. O SAE surgiu pela necessidade de atender a demanda de pessoas vivendo com HIV/Aids. Dados recentes mostram uma diminuição de casos em Caucaia nos últimos anos: 2008(36), 2009(28), 2010(24), 2011(21). Diante deste quadro delineou-se o objetivo do estudo que visa relatar a experiência do SAE de Caucaia no período de 2010 a 2011 com ênfase nos avanços e desafios. Utilizou-se o método descritivo de dados oriundos do SAE de Caucaia e a síntese do relato da experiência profissional no referido período. Dentre os resultados obtidos observam-se: o resgate de pacientes em tratamento em outros serviços e maior adesão de pessoas convivendo com HIV/Aids, considerando que antes do período estudado existiam 18 pacientes em tratamento e hoje são 96 pacientes; divulgação do SAE nos diversos equipamentos sociais do município; capacitação dos enfermeiros da Estratégia Saúde da Família (ESF) e do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) em aconselhamento pré e pós-teste; oferta do teste rápido na rotina do SAE e nas ações promovidas pelo município; oferta de preservativos com orientação para a população; oferta da vacina contra a hepatite B, vacina influenza e teste tuberculínico para as pessoas portadoras de HIV; consulta de enfermagem na pré e pós consulta médica; implantação do registro de pacientes e dos procedimentos realizados; agendamento de consulta médica com hora marcada; descentralização da entrega de resultados HIV negativos para as Unidades Básicas de Saúde; obrigatoriedade de assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido para todos interessados no teste rápido e implantação do sistema de educação permanente para os profissionais inseridos no serviço. Conclui-se que houve avanços importantes no período estudado, principalmente, no aspecto da adesão ao tratamento e no resgate de pacientes que estavam em outros serviços, mas existem desafios relevantes relacionados ao controle e prevenção do HIV/Aids que exige o esforço de todos.