Ter um filho prematuro internado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) geralmente é considerado um momento difícil e inesperado para muitos pais. Diante dessa perspectiva, as mães são separadas dos seus recém-nascidos logo após o nascimento, modificando, assim, a vivência de mães e pais com a hospitalização do filho recém-nascido. Trata-se de uma pesquisa do tipo exploratória descritiva com abordagem qualitativa, envolvendo 10 sujeitos entre pais e mães, realizada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Maternidade São Lucas do município de Juazeiro do Norte-CE. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado à entrevista semi-estruturada, os dados foram coletados no mês de novembro de 2009. Os resultados foram categorizados e em seguida analisados utilizando-se o método de Análise de Conteúdo, proposto por Bardin e, logo após, confrontados com a literatura. De acordo com os resultados observou-se o medo, o desespero e a preocupação sentida pelos pais diante da hospitalização, também evidenciou-se que as principais mudanças ocorridas foram a maior permanência das mães no hospital para obtenção do vinculo, preocupação com os outros filhos, gerando mudanças de rotina na família. De forma geral houve aprovação da assistência de enfermagem, embora necessite, segundo os resultados obtidos, de mudanças quanto ao vocabulário utilizado. Observou-se a necessidade de novos modelos de atendimento que estejam respaldados por uma constante reflexão crítica dos profissionais sobre suas próprias representações e praticas neste cenário, no intuito de não direcionar a atenção e responsabilidades apenas para os neonatos, mas também para pais e mães, tornando-se mais confiantes e ativos no cuidado ao Recèm-nascido.