Na década de 60 e inicio da década de 80, o aleitamento materno não era valorizado, em especial o exclusivo. As taxas de aleitamento materno eram baixas, o uso de água, de chá era recomendado pelos pediatras, imperava a crença de “leite fraco” ou “pouco leite”, o uso de mamadeiras e chupetas era incentivado1. A prática do aleitamento materno está relacionada a fatores biológicos, psicológicos e socioculturais2. Essa prática não é totalmente instintiva no ser humano, muitas vezes deve ser aprendida para ser prolongada com êxito, considerando que a maioria das nutrizes precisam de esforço e apoio constante3. Desse modo inúmeras barreiras podem culminar em desmame precoce. Os artigos revisados relatam que essas barreiras vão desde fatores intrínsecos da nutriz; práticas inadequadas, até a influência de terceiros, influenciando negativamente1,2,3,4. O presente estudo consiste em apresentar uma revisão bibliográfica sobre questões culturais que culminam em desmame precoce no aleitamento materno exclusivo. A metodologia utilizada foram Informações coletadas a partir de revistas cientificas indexadas. Os artigos foram identificados a partir da base de dados da Scielo, usando as palavras chaves “aleitamento materno exclusivo”, “desmame precoce” e “amamentação”. O ato de amamentar, seja consciente ou inconsciente, é herdado culturalmente e influenciado pela família e pelo meio social em que as pessoas vivem. E a falta de apoio dentro e fora da família, apesar do forte desejo de efetivar o aleitamento, pode constituir um fator que contribui para o desmame precoce.