A complexidade de cuidados que o recém-nascido (RN) de alto risco requer, necessita de uma assistência fundamentada em uma metodologia que oportunize a tomada de decisões corretas. A enfermagem vem utilizando um modelo de processo de trabalho que sistematiza a assistência e direciona o cuidado: a sistematização da assistência de enfermagem (SAE). Objetiva-se com o estudo avaliar a SAE nas unidades de terapia intensiva neonatais (UTIN) de hospitais de Fortaleza/Ceará. Estudo descritivo, documental, desenvolvido em cinco UTIN de quatro hospitais de Fortaleza/Ceará. População composta por 45 prontuários de RN que atenderam aos critérios de inclusão. Coletaram-se os dados em setembro de 2011. Os dados foram armazenados em um banco de dados, processados e analisados de forma descritiva. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (protocolo Nº 190/11). Com relação a SAE, 88,8% dos prontuários analisados apresentavam-se com o instrumento de levantamento de dados, 55,5% tinham seu preenchimento completo, 35,5%, tiveram os diagnósticos de enfermagem identificados diariamente, 93,3% tinham as prescrições de enfermagem desde o dia de admissão do RN até o dia anterior da coleta de dados, 17,7% tinham as prescrições de enfermagem totalmente checadas, 84,4% tinham as evoluções de enfermagem diariamente, 60% tinham evoluções de enfermagem com carimbo e 68,9% das anotações de enfermagem não tinham carimbo do enfermeiro. Conclui-se que a implementação da SAE ocorre de forma bastante fragmentada nestas unidades, o que indica necessidade de reorganização dessa metodologia, por meio da análise dos instrumentos utilizados e investimento na educação permanente dos enfermeiros.